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Vídeos do resgate da Brasileira que caiu em VULCÃO deixa o mundo em choque, ela t… Ver mais

O que prometia ser uma viagem inesquecível transformou-se em dor e mistério. Juliana Marins, carioca de 26 anos, vivia o sonho de explorar a Ásia com sua mochila nas costas. Filipinas, Vietnã, Tailândia — cada destino uma nova história. Mas foi na Indonésia, aos pés do imponente Monte Rinjani, que sua jornada teve um desfecho devastador

 

Após quatro dias de buscas intensas, o corpo da jovem foi encontrado na manhã de terça-feira (24), nas encostas do vulcão ativo na Ilha de Lombok. Juliana havia desaparecido no sábado (21), após se afastar do grupo durante uma trilha desafiadora. A notícia do falecimento causou comoção nacional, reacendendo o debate sobre segurança em roteiros turísticos de aventura.

Sozinha na montanha: o momento em que tudo mudou

A trilha no Monte Rinjani, com seus mais de 3.700 metros de altitude, exige preparo físico e acompanhamento especializado. Juliana estava com seis turistas e dois guias, mas segundo sua irmã, Mariana Marins, ela demonstrou cansaço e pediu para descansar. O grupo — inclusive um dos guias — teria seguido adiante, deixando-a para trás por mais de uma hora.

Sem orientação, no escuro e cercada por penhascos, Juliana tentou se localizar. Foi nesse momento que, segundo relatos, escorregou e caiu por uma encosta íngreme. O guia Ali Musthofa afirmou ao jornal O Globo que ouviu seus pedidos de socorro, tentou acalmá-la e pediu ajuda. Mas a queda foi profunda — cerca de 650 metros.

Vídeo que mostra suposto resgate de brasileira Indonésia é falso

Busca sob condições extremas: resgate desafiador no coração da selva

As operações de resgate mobilizaram dezenas de profissionais e voluntários, com uso de drones e acampamentos improvisados em terrenos escorregadios. O relevo traiçoeiro, coberto por vegetação densa e trilhas quase invisíveis, tornou a missão uma das mais difíceis já realizadas na região. A tragédia foi descrita como um “resgate invertido no Pão de Açúcar”, tamanha a complexidade.

 

Negligência ou falha de comunicação? Família exige respostas

A dor da perda deu lugar à indignação. Por que Juliana foi deixada sozinha? Os guias seguiram os protocolos de segurança? A administração do Parque Nacional de Rinjani ainda não se pronunciou oficialmente, mas a família pretende buscar justiça. “Isso não pode se repetir”, afirmou Mariana, inconformada.

Um luto que ecoa além das montanhas

Juliana era formada em Publicidade, apaixonada por dança e praticante de pole dance. Sua história — interrompida de forma brutal — levantou uma onda de homenagens e reflexões. O caso acende um alerta global sobre os riscos subestimados em experiências turísticas radicais, especialmente quando a segurança é negligenciada.

Sua partida silencia uma voz jovem e cheia de vida, mas deixa um legado que pede atenção, responsabilidade e respeito à vida de todos os viajantes.