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Veterinária surpreende ao falar sobre punição a menino que matou 23 animais…ver mais

Apesar de ainda estar super abalada com a brutalidade do caso, a veterinária Brenda Rocha Almeida Cianciosa fez uma declaração que pegou muita gente de surpresa sobre o que devia acontecer com o menino de 9 anos que cometeu o ato. O garoto invadiu uma clínica de animais em Nova Fátima, Paraná, no domingo (13), e matou de maneira cruel 23 animais – 20 coelhos e 3 porquinhos-da-índia. A história abalou toda a cidade.

Brenda, que é sócia do veterinário Lúcio Barreto na clínica, foi bem clara em sua entrevista ao Metrópoles. Ela disse que, na visão dela, a criança precisa de ajuda e acompanhamento pelas autoridades, e que punição não seria a solução. Segundo ela, punir o menino não vai trazer de volta os animais que foram mortos. “Eu não conheço a criança nem a família, mas espero que as autoridades façam o trabalho delas e prestem o auxílio necessário ao garoto. Não é o caso de querer punição, até porque isso não vai trazer os bichinhos de volta”, refletiu Brenda.

Ela também comentou sobre o choque que tomou conta da cidade. Nova Fátima é uma cidade pequena, e, como Brenda falou, tá todo mundo em estado de choque depois do que aconteceu. “É muita tristeza, especialmente depois de um dia tão especial”, lamentou a veterinária, se referindo ao fato de que o ataque aconteceu logo depois da inauguração da fazendinha no Dia das Crianças (12).

A notícia rodou rápido nas redes sociais, e como era de se esperar, a revolta foi gigante. Muita gente começou a pedir que o menino fosse internado, que recebesse algum tipo de tratamento ou até punição. O assunto gerou um grande debate sobre o que deveria ser feito nesses casos.

Mas a realidade é que, segundo a lei brasileira, a situação é mais complicada. No Brasil, qualquer pessoa com menos de 18 anos é considerada inimputável, ou seja, não pode ser responsabilizada criminalmente da mesma forma que um adulto. Existem regras específicas pros menores que cometem atos infracionais, que são parecidos com crimes, mas com um tratamento diferente.

Só que, no caso de crianças menores de 12 anos, como é o caso do menino, a situação é ainda mais delicada. Elas são consideradas totalmente inimputáveis, o que significa que nem podem responder por esses atos na esfera dos atos infracionais, que já é mais leve do que o sistema penal comum. Uma criança dessa idade não pode passar por nenhum tipo de processo ou punição por uma conduta que seria considerada criminosa se fosse cometida por alguém mais velho, tipo um adolescente de 12 a 17 anos ou um adulto.

A Polícia Civil do Paraná tá investigando o caso e já recolheu as imagens do circuito de segurança da clínica pra confirmar a autoria do ataque. Mesmo assim, eles já adiantaram que não vai haver nenhuma ação legal contra o menino, justamente porque ele é menor de idade e, pela lei, não pode ser responsabilizado por um ato assim. Então, por mais revoltante que seja, o garoto não pode ser punido de acordo com a legislação.

O que fica é a discussão sobre como lidar com casos assim. Muita gente argumenta que, mesmo que não haja punição, é necessário algum tipo de intervenção, talvez um acompanhamento psicológico pra entender o que levou uma criança a cometer algo tão violento. Esse tipo de episódio faz a gente questionar o sistema, as responsabilidades e até o próprio futuro da criança envolvida, já que sem uma intervenção adequada, quem sabe o que pode acontecer mais pra frente, né?