No último sábado, foi encontrado o corpo de Ana Beatriz, uma adolescente de apenas 15 anos, na região de Guaxuma, em Maceió (AL). A principal suspeita é de que o assassinato esteja ligado a uma gravidez inventada, conforme informações das autoridades responsáveis pelo caso.
A Delegada
Thalita Aquino, que conduz as investigações, afirmou que Ana Beatriz teria alegado estar grávida de um homem casado, que agora se encontra preso.
No entanto, exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) não confirmaram a gestação. A jovem mantinha um relacionamento com o suspeito, mesmo ciente de que ele era casado e pai de família.
Gravidez
Segundo relatos de testemunhas, Ana Beatriz chegou a compartilhar a suposta gravidez com colegas no Instituto Federal de Alagoas (Ifal), onde estudava. Algumas amigas relataram que a adolescente se mostrava feliz e animada, a ponto de comentar até o sexo do bebê.“Durante as investigações, ouvimos adolescentes que estudavam com Ana Beatriz no Ifal. Elas contaram que a jovem dizia estar grávida e demonstrava alegria com isso. Chegou, inclusive, a afirmar que sabia o sexo do bebê.
No entanto, os exames periciais não encontraram indícios de gestação”, explicou a delegada Thalita Aquino.
Diante das evidências, a polícia trabalha com a hipótese de que a alegação da gravidez possa ter provocado pânico no homem envolvido, motivando um assassinato premeditado. A causa exata da morte ainda não foi determinada. O corpo foi achado sem sinais de tiros ou ferimentos evidentes, o que levou à realização de exames toxicológicos e forenses para identificar se houve envenenamento ou asfixia.
Cadáver
O cadáver estava escondido em uma fossa úmida e fria, o que comprometeu a coleta de impressões digitais. Agora, as autoridades utilizarão métodos alternativos, como análise da arcada dentária e exame de DNA, para a confirmação oficial da identidade.
O suspeito segue preso e deve ter sua prisão temporária convertida em preventiva nos próximos dias. A polícia também investiga a possível participação de cúmplices no processo de ocultação do corpo, hipótese ainda não descartada.
A família de Ana Beatriz aguarda a liberação do corpo para realizar o sepultamento em Porto Calvo, cidade natal da vítima. A comunidade e os colegas da jovem, profundamente abalados, seguem clamando por justiça e por uma resposta rápida das autoridades para esse crime brutal que chocou Maceió.
