Jair Bolsonaro segue internado na UTI com piora clínica após cirurgia intestinal

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, após ser submetido, no último domingo (13/4), a uma cirurgia para tratar uma obstrução intestinal. De acordo com o boletim médico mais recente, o ex-chefe do Executivo apresentou uma piora clínica, com elevação da pressão arterial e alterações nos exames laboratoriais hepáticos, o que levou a equipe médica a intensificar o monitoramento e solicitar novos exames de imagem.

Atualmente, Bolsonaro está em jejum oral e recebe nutrição parenteral exclusiva. Apesar do quadro delicado, ele segue realizando sessões de fisioterapia motora e respiratória, como parte do processo de recuperação e prevenção de trombose venosa. Ainda não há previsão de alta da UTI, e as visitas seguem restritas.

Cirurgia delicada e histórico de complicações

O procedimento, que teve duração de aproximadamente 12 horas, teve como objetivo remover bridas abdominais — aderências formadas após cirurgias anteriores — e reconstruir parte da parede abdominal. Esse tipo de alteração é comum em pacientes que passaram por operações no trato gastrointestinal, como é o caso de Bolsonaro, que já enfrentou múltiplos procedimentos após o atentado sofrido durante a campanha presidencial de 2018.

Essas aderências podem causar dor intensa, inflamações, suboclusões e obstruções parciais do intestino, o que demanda intervenções cirúrgicas complexas e recuperação cuidadosa. Estima-se que cerca de 10% a 15% dos pacientes submetidos a cirurgias abdominais enfrentem complicações pós-operatórias, exigindo vigilância médica constante.

Equipe médica e prognóstico

A equipe responsável pelo acompanhamento clínico é composta por Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica; Leandro Echenique e Brasil Caiado, cardiologistas; Antônio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior, coordenador da UTI; Guilherme Meyer, diretor médico do hospital; e Allisson Barcelos Borges, diretor-geral do DF Star.

Os médicos destacam que, apesar da piora registrada, Bolsonaro mantém sinais de evolução clínica estável em outros aspectos, sem dor ou sangramentos. Exames laboratoriais anteriores já indicavam melhora, mas o novo quadro exige atenção redobrada, especialmente por envolver possíveis comprometimentos hepáticos e hemodinâmicos.

A situação de saúde de Jair Bolsonaro segue sendo acompanhada com grande atenção por apoiadores, imprensa e autoridades. Novas atualizações médicas devem ser divulgadas nos próximos dias, conforme a evolução do quadro clínico.