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QUINTA DE LUTO: Grande incêndio em shopping deixa 63 m0rt0s, o querido LE… Ver mais

Fogo de grandes proporções devastou um centro comercial na província de Wasit nesta quinta-feira; governo local declara luto oficial e promete investigação rigorosa.

Uma manhã comum transformou-se em tragédia no leste do Iraque. Um incêndio de proporções catastróficas atingiu um shopping center movimentado na província de Wasit nesta quinta-feira (17), resultando em uma das maiores perdas humanas em um incidente civil no país nos últimos anos.

O cenário é de desolação: ao menos 63 pessoas morreram e outras 40 continuam desaparecidas, segundo estimativas preliminares divulgadas pela imprensa local. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram colunas espessas de fumaça, explosões e o desespero de pessoas tentando escapar das chamas. A comoção tomou conta da população e das autoridades, que agora lidam com as consequências de um desastre que expôs fragilidades profundas na segurança de locais públicos.

Resgate sob escombros e drama humano

A resposta foi imediata. Equipes de emergência foram mobilizadas assim que o alarme de incêndio foi acionado. Bombeiros, militares e membros da Defesa Civil uniram esforços para conter o fogo, que consumiu boa parte da estrutura do edifício em poucas horas. Embora as chamas já estejam controladas, o trabalho no local está longe de terminar. Os socorristas continuam vasculhando os escombros em busca de sobreviventes — uma corrida contra o tempo, impulsionada pela esperança de encontrar vidas entre os destroços.

Relatos dão conta de que algumas vítimas foram encontradas em banheiros e corredores internos, locais de difícil acesso, onde possivelmente ficaram encurraladas. Muitos frequentadores do shopping ainda estavam no interior do prédio quando o incêndio começou, sem tempo suficiente para evacuar.

Luto, comoção e promessa de justiça

Diante da gravidade do episódio, o governador de Wasit decretou três dias de luto oficial. Em pronunciamento emocionado, ele prestou solidariedade às famílias das vítimas e garantiu que medidas legais serão tomadas contra quaisquer responsáveis, seja por negligência direta ou falhas estruturais que tenham contribuído para a tragédia.

“O povo de Wasit exige respostas, e nós vamos entregá-las. Haverá consequências”, declarou o governador, reforçando que nenhuma hipótese está descartada, desde falhas técnicas até negligência em protocolos de segurança.

A mobilização também chegou ao governo central. O primeiro-ministro iraquiano ordenou o envio urgente de equipes médicas especializadas para reforçar o atendimento hospitalar da região. Muitos dos feridos foram levados em estado grave para unidades de saúde próximas, algumas delas com capacidade sobrecarregada.

Comitê de crise e investigação nacional

O Ministério do Interior anunciou a formação de um comitê de crise encarregado de investigar as causas do incêndio. Técnicos especializados em perícia estrutural e segurança contra incêndios foram designados para analisar o que pode ter provocado o início das chamas e por que o fogo se alastrou tão rapidamente.

Entre os pontos a serem investigados estão a existência — ou ausência — de saídas de emergência em número suficiente, sistemas de alarme e combate a incêndios, bem como o treinamento de funcionários para situações de emergência.

A expectativa é que os primeiros relatórios sejam divulgados nos próximos dias, com o intuito de informar não apenas a população, mas também orientar futuras ações preventivas.

Lição amarga e alerta para o futuro

A tragédia lança luz sobre uma realidade incômoda: a fragilidade das normas de segurança em locais públicos de grande circulação no Iraque. Episódios como o desta quinta-feira não são isolados no país, que já enfrentou situações semelhantes em hospitais e prédios comerciais, frequentemente ligados a falhas de manutenção ou ausência de protocolos adequados.

Especialistas ouvidos pela mídia local alertam que tragédias como essa poderiam ser evitadas com investimentos contínuos em infraestrutura, revisão de normas de segurança e capacitação de equipes operacionais.

“Não é apenas sobre apagar o fogo quando ele começa, mas evitar que ele comece”, afirmou um oficial da Defesa Civil que participa das buscas em Wasit. “Essa é uma lição que precisamos absorver como sociedade.”

Enquanto isso, as famílias esperam

No entorno do shopping devastado, o clima é de angústia. Famílias inteiras se aglomeram atrás dos bloqueios de segurança, aguardando notícias de parentes desaparecidos. Voluntários ajudam como podem, distribuindo água e alimentos aos socorristas e aos que ainda esperam por um milagre.

O Iraque chora seus mortos — e cobra respostas. A tragédia em Wasit entra para a história do país como mais uma dolorosa lembrança da importância de prevenir o previsível. E enquanto a fumaça baixa, o clamor por justiça sobe.