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Querido capitão da Aeronáutica não resiste após sofrer queda de para…Ver Mais

Tragédia nos Céus: Capitão da Aeronáutica morre em acidente de parapente em Valparaíso de Goiás

Na tarde desta sexta-feira (27), uma tragédia marcou o cenário da aviação esportiva brasileira. O capitão da Aeronáutica Edwilson Galvão de Nascimento, de 56 anos — conhecido entre amigos e colegas como Capitão Galvão — faleceu após sofrer um acidente durante um voo livre de parapente na região de Valparaíso de Goiás, entorno do Distrito Federal.

Uma paixão pelas alturas

Apaixonado pelo céu e pela sensação de liberdade nas alturas, Capitão Galvão era uma figura respeitada tanto entre os militares quanto entre praticantes da aviação esportiva. Experiente e carismático, colecionava admiração por sua técnica e entusiasmo pelo esporte.

“Ele dizia que lá em cima era onde se sentia verdadeiramente livre”, escreveu um amigo nas redes sociais.

Mesmo com anos de voo e profundo conhecimento técnico, Galvão não resistiu à imprevisibilidade das condições climáticas — um risco constante para quem desafia o céu.

O acidente

De acordo com informações das autoridades locais, o acidente ocorreu quando o capitão tentou realizar um pouso forçado no canteiro central da BR-040, uma das rodovias mais movimentadas da região. As causas exatas ainda estão sendo investigadas, mas as primeiras hipóteses apontam para mudanças bruscas no vento ou turbulência inesperada que podem ter comprometido a estabilidade do parapente.

As equipes de socorro chegaram rapidamente ao local. O capitão foi encontrado com múltiplas fraturas e recebeu os primeiros atendimentos ainda na rodovia, mas não resistiu aos ferimentos.

Investigação em andamento

A Polícia Militar de Goiás isolou a área para permitir o trabalho da perícia. As autoridades irão analisar o equipamento, as linhas do parapente e dados meteorológicos do momento do acidente. Também devem ouvir testemunhas que presenciaram a tentativa de pouso.

A linha tênue entre a liberdade e o risco

O parapente, apesar de parecer sereno visto do solo, exige precisão técnica, conhecimento meteorológico e preparo físico constante. A leitura incorreta de uma térmica ou o surgimento repentino de uma corrente descendente pode ser fatal — mesmo para os mais experientes.

A morte de Capitão Galvão reacende o debate sobre segurança nos esportes aéreos e o quanto a natureza pode ser imprevisível, exigindo não apenas paixão, mas vigilância e respeito.

Luto e homenagem

A comoção nas redes sociais foi imediata. Amigos, familiares e colegas da Aeronáutica lamentaram a perda, ressaltando o legado deixado por Galvão: o amor pelas alturas, a busca incansável por superação e o espírito livre que sempre o guiou.

“Era impossível não se contagiar com o brilho nos olhos dele quando falava de voar”, escreveu um companheiro de farda.

Neste momento de dor, o país se despede de um homem que fez do céu seu lar e da coragem sua identidade.