Olha só o que Bolsonaro disse sobre o tarifaço de Trump: ‘eu não c… Ver mais

Olha só o que Bolsonaro disse sobre o tarifaço de Trump. Em meio ao aumento da tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) causou polêmica ao sugerir que uma anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 poderia evitar a entrada em vigor das tarifas impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros. A declaração foi feita nas redes sociais neste domingo (13) e gerou forte repercussão política, especialmente por vincular temas internos delicados a interesses econômicos internacionais.
A proposta f0i apresentada após o ex-presidente norte-americano Donald Trump anunciar a aplicação de uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras, medida que deve começar a valer a partir de 1º de agosto. Segundo Trump, essa decisão seria uma resposta às ações judiciais enfrentadas por Bolsonaro e à atuação do Brasil contra grandes empresas de tecnologia norte-americanas. A medida f0i interpretada como uma retaliação direta, associando política externa a assuntos judiciais domésticos.
Bolsonaro afirmou que a anistia seria uma forma de restaurar a paz e preservar a economia brasileira. Para ele, a resolução da crise está nas mãos das instituições brasileiras. “Com harmonia entre os Poderes, nasce o perdão entre irmãos e, com a anistia, também a paz para a economia”, escreveu.
Olha só o que Bolsonaro disse sobre o tarifaço de Trump
A ideia de uma anistia ampla já circula entre aliados do ex-presidente, mas agora ganha um novo impulso com a ameaça comercial. No entanto, o tema divide opiniões no Congresso. Mesmo com o líder do PL na Câmara tentando acelerar a tramitação do projeto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda não sinalizou disposição para colocá-lo em votação.
Enquanto isso, o governo Lula respondeu de forma firme à decisão de Trump. O presidente garantiu que o Brasil não aceitará imposições externas e que, se necessário, adotará medidas de retaliação. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB). Afirmou que está sendo preparado um decreto para regulamentar a Lei da Reciprocidade, que permitirá ao Brasil responder na mesma moeda. Apesar disso, o Executivo ainda busca uma solução negociada, afirmando que a medida americana é injustificável.
Além disso, paralelamente, os presidentes da Câmara e do Senado emitiram uma nota conjunta reforçando que qualquer resposta à crise comercial deve acontecer dentro dos canais institucionais apropriados, respeitando a diplomacia e os instrumentos da política econômica — e não por meio de decisões legislativas que envolvam perdão judicial ou articulações paralelas.
A tentativa de Bolsonaro de atrelar a concessão de anistia a uma possível salvação econômica reacendeu discussões sobre o papel das instituições e os limites entre política interna e relações internacionais.