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No funeral do Papa: Estranha atitude de Lula com Trump chama atenção, ele n… Ver mais

O funeral do papa Francisco, realizado neste sábado (26) na Praça de São Pedro, no Vaticano, reuniu líderes globais de diferentes espectros políticos, em um dos eventos mais emblemáticos do cenário internacional recente. Em meio à multidão de autoridades, chamou atenção a presença simultânea de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump — fato inédito até então.

Lula no funeral do papa: 'Não cumprimentei, não vi o Trump, na verdade'

 

No entanto, ao contrário das expectativas de alguns observadores políticos, não houve qualquer aproximação entre os dois líderes.

Lula: “Não vi Trump, nem olhei para o lado”

Questionado por jornalistas após a cerimônia, o presidente brasileiro explicou que não chegou a ver o ex-presidente dos Estados Unidos.

Segundo Lula, a movimentação intensa no local e preocupações com a logística de saída impediram qualquer interação.

“Não, não cumprimentei [o Trump] porque eu estava conversando com o meu pessoal sobre a segurança na saída, porque estava uma confusão muito grande. Eu não cumprimentei, não vi, não olhei nem para o lado.

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Não vi o Trump, na verdade”, afirmou Lula.

A declaração evidencia não apenas a falta de contato, mas também reforça o clima caótico que marcou a dispersão do público na Praça de São Pedro. A segurança foi um dos principais temas de preocupação dos líderes presentes, dado o número expressivo de autoridades internacionais.

Primeiro encontro em evento público

Embora tenham ocupado o mesmo espaço pela primeira vez, Lula e Trump seguem sem qualquer interação oficial ou informal. A presença de ambos no funeral adiciona um novo capítulo às relações diplomáticas internacionais, embora, neste caso, o momento tenha sido marcado mais pela ausência de diálogo do que por qualquer gesto de aproximação.

Trump e Zelensky: Conversas estratégicas

Enquanto Lula se manteve distante de Trump, o ex-presidente americano teve um encontro reservado com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia. A reunião entre Trump e Zelensky ocorre em um momento delicado da guerra entre Ucrânia e Rússia, tema que continua mobilizando lideranças políticas ao redor do mundo.

Ao comentar a aproximação entre os dois, Lula adotou um tom diplomático e prudente:

“Eu não sei o que eles [Trump e Zelensky] conversaram, não posso intuir a conversa. Eu acho que o que é importante é que se converse para ver se encontram uma saída para essa guerra, porque essa guerra está ficando sem explicação, ou seja, ninguém consegue explicar e ninguém quer falar em paz”, destacou.

Brasil insiste na via diplomática

Coerente com sua postura histórica em favor do diálogo, Lula reafirmou o compromisso do Brasil com a busca de soluções negociadas para conflitos internacionais. Segundo o presidente, o país continuará defendendo o diálogo direto entre as partes envolvidas:

“O Brasil continua teimando que a solução é a gente fazer com que os dois [Trump e Zelensky] sentem na mesa de negociação e encontrem uma solução, e não só para a Ucrânia e para a Rússia, mas também para a violência que Israel comete na Faixa de Gaza”, acrescentou.

Lula ampliou a discussão para incluir a crise humanitária em Gaza, sinalizando que a posição brasileira não se restringe ao conflito europeu, mas também se estende a outras áreas críticas do planeta.

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A importância do funeral de Francisco para a diplomacia global

O funeral do papa Francisco não apenas reuniu líderes de diferentes nações, mas também simbolizou um momento de reflexão sobre a paz mundial, um tema caro ao pontífice ao longo de seu papado. A ausência de diálogo entre algumas lideranças, como Lula e Trump, contrasta com os esforços do Vaticano, historicamente voltado para a promoção da diplomacia e do entendimento entre povos.

A reunião entre Trump e Zelensky, por outro lado, indica que os bastidores da política internacional continuam ativos, mesmo em momentos de luto. O ambiente de pesar pelo falecimento do papa não impediu discussões estratégicas que podem influenciar rumos futuros de conflitos armados.

O desafio do diálogo em tempos de crise

O episódio no Vaticano ilustra bem a complexidade das relações internacionais contemporâneas. Em um cenário onde o diálogo é mais necessário do que nunca, a dificuldade de aproximação entre líderes — seja por questões logísticas ou políticas — revela o tamanho dos desafios à frente.

Ao insistir na via diplomática, Lula tenta posicionar o Brasil como um mediador relevante no cenário global, apostando na tradição pacífica e multilateralista da política externa brasileira. Resta saber se o esforço surtirá efeito em meio a um mundo cada vez mais polarizado.