Mulher suspeita de enterrar filho recém-nascido vivo em quintal é presa em Goiás…ver mais
Uma mulher, que não teve a sua imagem divulgada por questões de segurança, é suspeita de enterrar o filho recém-nascido vivo em um quintal no município de Rio Verde, no sudoeste do estado, há 15 anos. De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, antes de enterrar a criança, a mulher jogou a própria placenta em um vaso sanitário e em seguida deu descarga..
O g1 não conseguiu localizar a defesa da suspeita até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para qualquer esclarecimento.
A dona de casa foi presa na última sexta-feira (1°), na Operação Xadrez 121, que cumpre mandados de prisão contra autores de homicídio, feminicídio, roubo dentre outros crimes. A investigação da polícia indica que o crime aconteceu em 24 de setembro de 2009.
De acordo com a investigação, no tempo do crime, agentes de seguranças foram chamados por vizinhos e ao chegar na residência encontraram o bebê enterrado no quintal da casa, já sem vida. A perícia realizada no corpo do recém-nascido, que era um menino, indicou que ele nasceu com vida, por essa razão, a mulher foi indiciada por homicídio qualificado.
A suspeita foi denunciada por infanticídio, que ocorre quando a mulher dá à luz e tira a vida do próprio filho em seguida por influência do estado mental do pós parto. No decorrer de uma entrevista cedida à emissora local em 2009, a mulher contou em depoimento à polícia que não tinha o conhecimento que estava grávida. A suspeita ainda disse que o bebê não apresentou nenhum tipo de reação ao nascer.
A suspeita, que foi presa preventivamente, foi encaminhada ao Presídio de Serranópolis e segue a disposição da justiça.
Relembre
No último dia 24 de setembro de 2009, uma mulher foi levada pela companheira a um hospital de Rio Verde. Como sangrava muito, os médicos chegaram a conclusão que ela havia acabado de realizar um parto. No tempo em questão, a Polícia foi chamada e após suspeitar do caso, a guarnição se dirigiu até o endereço aonde elas moravam, quando encontraram o recém nascido morto e enterrado em um corredor da casa. “Um tipo de beco, como ela contou”, disse o delegado Candeo.
Contudo, a perícia no corpo da criança ficou provado que o bebê nasceu com vida, porém devido às circunstâncias, como envolta por um plástico, pode ter sido vítima de asfixia. A dona de casa foi na ocasião indiciada por homicídio qualificado, entretanto, o Ministério Público a denunciou por infanticídio. Este crime, de acordo com o artigo 123, do Código Penal Brasileiro (CPB), é caracterizado “quando a mulher, sob a influência do estado puerperal, atenta contra a vida de seu filho”.
Ao reler o depoimento da mãe à Polícia, após o crime, 15 anos atrás, o delegado destaca que não caberia o entendimento de infanticídio. “O policial relatou que ela em todo tempo demonstrou tranquilidade com a situação, sem demonstrar qualquer atitude que demonstrasse perturbação, características do estado puerperal”, disse. O delegado disse não entende o por que a mãe não foi presa e respondeu na Justiça pelo crime, o que pode ocorrer apenas a partir de agora.