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Mulher mantida em cárcere privado por 8 anos é resgatada, ela estava com o c… Ver mais

Após passar cerca de oito anos sendo mantida em cárcere privado pelo próprio marido, uma mulher foi finalmente resgatada pela Polícia Militar em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba, Paraná.

O resgate ocorreu na última sexta-feira, após a vítima conseguir enviar um pedido de socorro por e-mail à Casa da Mulher Brasileira. De acordo com as autoridades, o agressor contava com a conivência de familiares para manter a mulher sob controle e isolada do mundo exterior.

A residência onde ela era mantida ficava em uma área rural de difícil acesso, o que tornava qualquer tentativa de fuga ainda mais desafiadora. Durante os anos em cativeiro, a mulher sofreu agressões físicas e psicológicas, além de ser constantemente vigiada por câmeras de monitoramento instaladas pelo marido.Antes do pedido de socorro por e-mail, a vítima já havia tentado buscar ajuda. Em uma tentativa frustrada, entregou um bilhete pedindo socorro em um posto de gasolina.

Quando a polícia chegou ao local para averiguar a denúncia, ela negou os fatos, provavelmente por medo de represálias.Para confirmar se o bilhete era realmente de autoria da mulher, os agentes solicitaram que ela escrevesse algo em um papel.A semelhança das caligrafias levantou suspeitas, levando a uma investigação mais aprofundada. Durante a abordagem, os policiais questionaram sobre o uso do celular.

Ela informou que só tinha acesso ao telefone do marido e que havia outro aparelho na casa, supostamente usado pelo filho, mas sem contatos, WhatsApp ou chip. Isso aumentou as suspeitas dos agentes. Ao verificar o e-mail cadastrado no dispositivo, descobriram que era o mesmo usado para enviar o pedido de ajuda.

Confrontada com a informação, a mulher não conseguiu conter o choro e admitiu que havia feito a denúncia, mas temia confirmar os fatos devido ao medo das possíveis consequências.A vítima revelou ainda que sofria agressões constantes, sendo amarrada e asfixiada pelo marido, além de ser impedida de ter contato com seus familiares.Diante da gravidade da situação, os policiais prenderam o agressor em flagrante e o encaminharam à Delegacia de Rio Branco do Sul, onde permanece sob custódia.

A mulher foi resgatada e receberá apoio especializado para garantir sua segurança e bem-estar emocional.O caso reforça a importância das denúncias de violência doméstica e da existência de canais acessíveis para que vítimas possam pedir ajuda.A rápida atuação da polícia, somada à coragem da mulher, foi fundamental para pôr fim a anos de sofrimento e dar a ela a chance de reconstruir sua vida longe do agressor.