Morre Ozzy Osbourne, causa da morte deixa todos em choque el… Ver mais

O mundo da música amanheceu mais sombrio: morreu aos 76 anos, nesta segunda-feira, Ozzy Osbourne, um dos nomes mais lendários da história do rock. Conhecido mundialmente como o “Príncipe das Trevas”, Ozzy deixa um legado eterno que moldou o heavy metal e influenciou gerações.
Nascido como John Michael Osbourne em Birmingham, na Inglaterra, Ozzy cresceu em meio às fábricas e à atmosfera operária da cidade britânica. Essa paisagem cinzenta, no entanto, foi apenas o ponto de partida para uma trajetória que o levaria a se tornar um dos artistas mais carismáticos, controversos e admirados do mundo.
O nascimento de um ícone do metal
Foi no final da década de 1960 que Ozzy ganhou projeção como vocalista do Black Sabbath, banda que ajudou a fundar e que seria considerada a criadora do heavy metal como o conhecemos. Com riffs pesados, letras sombrias e uma sonoridade inovadora para a época, o grupo britânico redefiniu os limites do rock.
Álbuns como Black Sabbath (1970), Paranoid (1970) e Master of Reality (1971) não apenas marcaram época, mas abriram caminho para o surgimento de um novo estilo musical. Com a voz inconfundível de Ozzy, o Black Sabbath criou hinos atemporais como “War Pigs”, “Iron Man” e “Paranoid”, que seguem inspirando músicos até hoje.
A parceria com o Black Sabbath durou até 1979, quando Ozzy foi afastado da banda por causa de problemas com álcool e drogas. O que poderia ter sido o fim de uma carreira promissora, no entanto, se transformou em um novo capítulo — e talvez o mais brilhante — da sua vida artística.
Carreira solo de sucesso e irreverência
Lançando-se em carreira solo ainda no final de 1979, Ozzy Osbourne mostrou ao mundo que ainda tinha muito a oferecer. Seu primeiro álbum solo, Blizzard of Ozz (1980), foi um sucesso estrondoso, trazendo clássicos como “Crazy Train” e “Mr. Crowley”. A partir daí, consolidou-se como um dos maiores nomes do rock, com uma discografia rica, repleta de sucessos e colaborações memoráveis.
Ao longo das décadas de 1980 e 1990, Ozzy não apenas continuou a produzir música de alto impacto como também se tornou uma figura midiática. Com seu humor ácido, comportamento imprevisível e um carisma incomparável, ele virou uma presença constante em programas de TV, premiações e, mais tarde, na própria casa dos fãs com o reality show The Osbournes, exibido pela MTV no início dos anos 2000.
A imagem de Ozzy mordendo a cabeça de um morcego em pleno palco — episódio ocorrido em 1982 — tornou-se uma das mais lembradas da história do rock, símbolo de sua personalidade ousada e extrema.
Saúde debilitada e despedida dos palcos
Nos últimos anos, Ozzy enfrentou uma série de problemas de saúde, incluindo o diagnóstico de mal de Parkinson, revelado ao público em 2020. Mesmo com limitações físicas, o cantor seguiu ativo por algum tempo, lançando álbuns, participando de projetos e mantendo viva a chama de seu legado.
Em 2023, após múltiplas cirurgias na coluna e dificuldades de locomoção, Ozzy anunciou oficialmente sua aposentadoria dos palcos. Em uma declaração emocionada, agradeceu aos fãs por décadas de apoio e carinho, e reconheceu que seu corpo não aguentava mais o ritmo das turnês.
Sua morte, agora confirmada, representa o fim de uma era — não apenas para o heavy metal, mas para toda a música contemporânea. Ozzy Osbourne era mais do que um cantor: era uma força da natureza, um ícone cultural e uma prova viva de que o rock pode ser tão teatral quanto sincero, tão sombrio quanto apaixonante.
Legado eterno
Ozzy Osbourne deixa a esposa Sharon, companheira de vida e negócios, além de filhos e netos. Mas, acima de tudo, deixa uma legião de fãs espalhados pelos quatro cantos do mundo. Sua voz continua ecoando em arenas, playlists e corações — uma trilha sonora que marcou e continuará marcando gerações.
Em tempos em que o rock luta por espaço no cenário musical global, a partida de Ozzy serve como lembrete do poder transformador da música e da autenticidade. O Príncipe das Trevas se foi, mas sua luz — paradoxalmente intensa — jamais se apagará.
