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Suspeita de Feminicídio em Ribeirão Preto: Morte de Fisioterapeuta Ganha Contornos de Crime Premeditado
O que inicialmente parecia uma tragédia doméstica está sendo investigado como um possível caso de feminicídio premeditado em Ribeirão Preto (SP). A vítima é Larissa Talle Leôncio Rodrigues, de 37 anos, fisioterapeuta e professora de pilates, muito conhecida e respeitada por sua atuação profissional e carisma.
O principal suspeito do crime é o próprio marido da vítima, o médico ortopedista Luiz Antônio Garnica, com quem Larissa vivia há quase 20 anos.
O Corpo Encontrado em Circunstâncias Suspeitas
A tragédia ocorreu no dia 22 de março, no apartamento do casal, localizado no bairro Jardim Botânico, uma das regiões mais nobres da cidade. Segundo relato do próprio Garnica à polícia, ele teria encontrado Larissa inconsciente no chão do banheiro e acionado o SAMU, alegando ter tentado reanimá-la.
No entanto, os socorristas constataram que Larissa já estava sem vida. O que chamou a atenção da equipe foi a rigidez cadavérica avançada, incompatível com o horário informado pelo marido, e o forte cheiro de produtos de limpeza, possivelmente utilizados para ocultar evidências.
Laudo Médico Contraria Versão do Marido
Poucas horas depois, o laudo do Instituto Médico Legal confirmou que Larissa estava morta há pelo menos 12 horas no momento do exame — o que contradiz frontalmente a narrativa apresentada por Garnica.
A situação se agravou com o resultado do exame toxicológico, que revelou a presença de substâncias tóxicas no organismo da vítima. A polícia passou então a tratar o caso como homicídio por envenenamento.
Uvas, Envenenamento e Contradições
Outro ponto-chave da investigação surgiu a partir do depoimento da sogra de Larissa, que estava no apartamento na noite anterior à morte. Segundo ela, Larissa teria se sentido mal após comer uvas. A origem dessas frutas e a possibilidade de terem sido contaminadas se tornaram foco dos peritos.
Traição, Conflitos e a Descoberta de Uma Vida Paralela
Com o avanço das investigações, relatos de amigos e colegas revelaram um histórico recente de conflitos conjugais. Larissa teria descoberto uma traição do marido com uma jovem de 26 anos, estudante de medicina, com quem ele se relacionava havia cerca de um ano e meio.
Segundo testemunhos, Larissa cogitava o divórcio, mas Garnica resistia à ideia da separação. A possibilidade de rompimento teria gerado uma escalada de tensão emocional entre o casal.
Premeditação em Foco: Polícia Aprofunda Investigação
A soma de fatores — o histórico de traição, as inconsistências no relato do marido, os indícios de envenenamento e o laudo médico — levou a polícia a trabalhar com a hipótese de crime premeditado.
As autoridades agora investigam também a possível participação de terceiros e analisam trocas de mensagens, registros telefônicos e movimentações financeiras que possam reforçar o cenário de premeditação.
Um Feminicídio Silencioso em Meio à Aparência de Normalidade
A morte de Larissa reacende o alerta para uma ferida social ainda aberta: a violência doméstica que se esconde atrás de portas fechadas, muitas vezes sem sinais visíveis. Descrita por amigos como uma mulher forte, gentil e dedicada à profissão, Larissa pode ter sido vítima de um relacionamento abusivo disfarçado de estabilidade.
O caso, agora sob investigação minuciosa, ultrapassa os limites de uma tragédia familiar e expõe a realidade de tantas outras mulheres que vivem sob controle e medo.
Mais do que uma notícia, um alerta
O caso de Larissa representa um chamado urgente à sociedade: é preciso falar sobre relacionamentos abusivos, feminicídio e o papel da justiça na proteção de vítimas em potencial. O silêncio pode ser fatal.
Se você está em situação de risco ou conhece alguém que esteja:
Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher. Atendimento gratuito, sigiloso e disponível 24 horas por dia, em todo o Brasil.
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