Bruno Fernandes volta às manchetes: dívida milionária de pensão entra em pauta

Mais de uma década após o assassinato brutal de Eliza Samudio, o nome de Bruno Fernandes, ex-goleiro do Flamengo, voltou a ganhar destaque no noticiário. Desta vez, não por conta de futebol ou polêmicas públicas, mas por uma nova acusação feita por Sônia Moura, mãe de Eliza. Segundo ela, o ex-atleta está há quase três anos sem pagar a pensão alimentícia do filho Bruninho, descumprindo uma obrigação judicial.

Quase três anos sem repasses ao filho Bruninho

De acordo com Sônia, desde setembro de 2022 não houve mais nenhum depósito de Bruno. A Justiça havia determinado o pagamento de dois salários mínimos por mês, mas nada teria sido cumprido até o momento. A dívida, segundo a mãe de Eliza, já chega a cerca de R$ 90 mil, sem contar juros e correções. Para uma família que depende desse recurso, trata-se de uma quantia significativa que compromete diretamente a criação de Bruninho.

Histórico de atrasos e polêmicas na Justiça

Não é a primeira vez que o ex-jogador se envolve em polêmicas relacionadas à pensão. Em 2022, um cenário parecido levou a Justiça do Mato Grosso do Sul a decretar sua prisão. Bruno só conseguiu escapar após organizar uma vaquinha online e vender um carro para quitar o débito. Na época, o episódio ganhou repercussão nacional e reacendeu debates sobre a responsabilidade de pais em cumprir suas obrigações legais.

Defesa nega dívida e culpa lentidão do Judiciário

A atual advogada de Bruno, Mariana Mingliorini, afirmou desconhecer a extensão do atraso e disse que o ex-goleiro vive hoje com renda próxima de dois salários mínimos, alegando dificuldades financeiras. Sobre a lentidão no processo, a defesa responsabiliza o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, alegando que a demora não é culpa do acusado. Enquanto isso, o processo segue sem definição, aumentando a revolta da família de Eliza.

Condenado por um dos crimes mais brutais do país

Bruno cumpre pena em regime semiaberto desde 2019, após ter sido condenado a mais de 20 anos de prisão pelo assassinato de Eliza Samudio e pelo sequestro do filho ainda bebê. Mesmo após o crime, ele chegou a tentar retomar a carreira no futebol em clubes de menor expressão, o que sempre gerou críticas e indignação da opinião pública. A cobrança da pensão, agora, surge como mais um capítulo de uma história que parece não ter fim.

Justiça que tarda, dor que permanece

Enquanto a defesa busca minimizar a situação e o Judiciário é criticado pela lentidão, Bruninho cresce sem o apoio paterno e totalmente amparado pela avó. O caso mostra que, mesmo após julgamentos e condenações, o sofrimento das vítimas continua, enquanto os acusados tentam seguir em frente. Para muitos, a verdadeira justiça ainda não foi feita — e cada novo episódio apenas reforça o trauma que marcou a vida de Eliza e de seu filho.