A morte prematura da jovem Isadora Belon Albanese, de apenas 19 anos, por complicações após a extração de dentes do siso, chocou o país e levantou um alerta sobre os riscos e protocolos de segurança em procedimentos odontológicos. A família da estudante, devastada pela perda, transformou sua dor em um apelo por mais regulamentação e cuidados rigorosos nesses tratamentos.
Uma Cirurgia que Parecia Simples
A estudante de psicologia, cheia de sonhos e planos, iniciou o procedimento de remoção dos sisos em duas etapas. No dia 10 de abril, foram retirados os dentes do lado direito sem intercorrências. O leve inchaço e desconforto nos dias seguintes eram esperados, e sua recuperação parecia tranquila.
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No dia 19 de abril, passou pela segunda parte da cirurgia, desta vez para a extração dos dentes do lado esquerdo. O procedimento foi realizado pela mesma profissional e, mais uma vez, tudo parecia correr bem. Isadora voltou para casa seguindo as recomendações médicas, com uso de antibióticos e dieta líquida. No entanto, sua saúde começaria a se deteriorar rapidamente.
Os Primeiros Sinais de Alerta
Apenas dois dias depois da segunda cirurgia, Isadora começou a sentir dores insuportáveis. Ainda assim, sua dentista afirmou que os sintomas eram normais. A jovem, que sempre demonstrou força e resistência, dessa vez não conseguia conter as lágrimas diante do sofrimento intenso, o que preocupou profundamente seus pais, Grasiela e Ricardo.
Quando Isadora vomitou os antibióticos prescritos, seus pais decidiram levá-la imediatamente ao hospital em Sorocaba (SP). Lá, um especialista em bucomaxilo diagnosticou uma infecção grave e recomendou a internação urgente na UTI.
A Luta Contra a Infecção e o Desfecho Trágico
Já hospitalizada, os médicos realizaram um procedimento para drenagem de pus e constataram um quadro de sepse, uma infecção generalizada que pode comprometer diversos órgãos.
Mesmo com todos os esforços da equipe médica, a situação de Isadora piorou rapidamente. Ela sofreu duas paradas cardíacas e, infelizmente, não resistiu. O laudo oficial indicou que a causa da morte foi choque séptico refratário e falência múltipla dos órgãos, consequências diretas da infecção pós-cirúrgica.
Uma Jovem Saudável, Uma Morte Difícil de Explicar
Segundo seus pais, Isadora era uma jovem saudável, sem qualquer comorbidade prévia. Seus dentes não apresentavam infecção antes da cirurgia, o que torna sua morte ainda mais difícil de compreender.
A tragédia de Isadora levanta um alerta urgente sobre a necessidade de protocolos mais rigorosos em cirurgias odontológicas, reforçando a importância do acompanhamento adequado e da atuação rápida diante de qualquer complicação. Seu caso agora se torna um símbolo da luta por mudanças na regulamentação e melhores práticas na área da saúde.
