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Jovem não resiste após diversão com os amigos, eles estavam fazendo se… Ver mais

Domingo ensolarado, risadas ao redor de uma mesa, copos erguidos em celebração. Tudo parecia seguir o roteiro de um dia perfeito até que o silêncio tomou conta do lugar — e não era por acaso. Uma ausência repentina, uma busca desesperada e o desfecho que ninguém esperava. O que aconteceu com Aracely Cristina naquela tarde?

Uma tragédia interrompeu de forma brutal a alegria de um encontro entre amigos em uma fazenda localizada na zona rural de Rondônia. Aracely Cristina Zacarias, de apenas 23 anos, morreu afogada no açude da propriedade no final da tarde do último domingo, 6 de julho. O que parecia ser um momento de descontração, regado a bebidas e conversas, rapidamente se transformou em uma cena de angústia e dor.

Testemunhas relataram que a jovem decidiu entrar sozinha no açude para nadar, após ter ingerido bebidas alcoólicas durante a confraternização. Inicialmente, ninguém estranhou seu sumiço — em festas assim, alguns se afastam por alguns minutos, tiram fotos ou procuram um lugar mais tranquilo. Mas o tempo passou… e Aracely não voltava.

Foi então que a apreensão tomou conta do grupo. Amigos começaram a chamá-la, vasculharam os arredores da casa e, após quase uma hora de procura, um calafrio percorreu o ambiente: alguém avistou um vulto sob a água turva do açude.

A jovem foi retirada já sem sinais vitais. O silêncio daquele local antes tomado por vozes e gargalhadas passou a ecoar apenas dor. Equipes de emergência foram acionadas imediatamente. Uma médica de plantão que estava entre os primeiros socorristas confirmou o óbito ali mesmo, na beira da água.

O boletim de ocorrência descreve que não havia sinais de violência no corpo, reforçando a hipótese de afogamento acidental. A perícia técnica foi acionada e um laudo preliminar confirmou que, até o momento, não existem indícios de ação criminosa. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), que deve divulgar o laudo oficial nos próximos dias.

Álcool e água: uma combinação letal

A morte de Aracely levanta um alerta importante — e infelizmente comum — sobre os riscos da mistura entre álcool e atividades aquáticas. Especialistas explicam que o consumo de bebidas alcoólicas compromete o julgamento, a coordenação motora e o equilíbrio. Em um ambiente como um açude, onde a profundidade pode variar e a visibilidade é extremamente limitada, esses fatores tornam-se ainda mais perigosos.

Ao contrário da imagem cinematográfica que muitas pessoas têm do afogamento, o processo costuma ser silencioso, rápido e quase imperceptível. Segundo o Corpo de Bombeiros, em menos de dois minutos uma pessoa pode perder os sentidos submersa — e nem sempre há tempo ou sinais visíveis para pedir ajuda.

Infelizmente, o caso de Aracely se soma a uma estatística preocupante: os afogamentos continuam entre as principais causas de morte acidental no Brasil, especialmente entre jovens adultos.

Nunca nade sozinho — especialmente se tiver bebido

Outro ponto crucial para evitar tragédias como essa é a recomendação de nunca entrar na água sozinho, ainda mais sob o efeito de álcool. Nadar em açudes, rios e lagos exige atenção redobrada: a aparência calma da superfície muitas vezes esconde armadilhas naturais, como buracos profundos, galhos submersos ou lodo escorregadio.

Na fazenda onde tudo ocorreu, os amigos de Aracely agora convivem com o trauma de uma perda inesperada, marcada por um cenário de celebração que virou luto.

Quando a festa termina em luto

A morte de uma jovem de 23 anos em pleno domingo de confraternização é um choque que vai muito além dos limites da propriedade rural onde o fato ocorreu. É um chamado à reflexão — para amigos, famílias e todos aqueles que subestimam o poder letal de um momento de descuido.

Enquanto os resultados finais da investigação não são divulgados, a lembrança de Aracely Cristina Zacarias permanece viva na memória dos que a conheceram. Jovem, alegre, cheia de planos, ela agora se tornou o símbolo de um alerta que precisa ser ouvido: uma decisão impulsiva, aliada ao álcool e à falsa sensação de segurança, pode ser fatal.

Neste caso, não houve gritos de socorro. Apenas o silêncio — e ele disse tudo.