Radialista é preso em Ribeirão Preto acusado de assassinar jovem após encontro por aplicativo

O encontro que terminou em tragédia

A cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, foi abalada por um crime que causou comoção e indignação. No dia 1º de agosto, a jovem Karina Cristina Queiroz, de 22 anos, foi encontrada morta em sua casa, no bairro Jardim Cristo Redentor, após marcar um encontro com o radialista Rodrigo César Mucci, de 48 anos. Dez dias depois, a Polícia Civil prendeu o suspeito, que já havia sido identificado por meio de câmeras de segurança.

Confissão e versão apresentada pelo suspeito

Durante depoimento, Rodrigo Mucci confessou ter atirado contra Karina, alegando que a jovem teria tentado extorqui-lo, ameaçando contar sobre o encontro à sua esposa. Segundo a polícia, o radialista afirmou que levou uma arma na mochila e, após uma discussão, acabou disparando contra a vítima. A justificativa, no entanto, foi recebida com desconfiança e contestação por parte da família de Karina.

Família da vítima contesta narrativa

A irmã da jovem, Júlia Queiroz, afirmou que a versão apresentada pelo acusado não condiz com a realidade e representa uma tentativa de suavizar um crime brutal. “Ele vai contar a versão que favorece ele. Que ele pague pelo crime que cometeu”, declarou. Amigos e familiares reforçam que Karina não realizava programas sexuais e que sua vida foi interrompida de maneira cruel e covarde.

Provas e objetos apreendidos

Além da confissão, o próprio Mucci indicou à polícia onde havia descartado o celular e as chaves da vítima, encontrados em um bueiro próximo ao local do crime. A arma utilizada e o veículo do radialista também foram apreendidos. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) segue conduzindo o inquérito, que deve reunir novas provas e depoimentos antes do envio à Justiça.

Repercussão e comoção nas redes sociais

A morte de Karina provocou forte comoção em Ribeirão Preto e ganhou repercussão nacional. Nas redes sociais, multiplicam-se mensagens de revolta, pedidos de justiça e homenagens à jovem. O caso reacendeu discussões sobre violência contra mulheres e a necessidade de punição rigorosa para crimes de feminicídio e assassinatos cometidos em contextos de vulnerabilidade.

Um alerta sobre encontros virtuais

A tragédia expõe também os riscos relacionados a encontros marcados por aplicativos de relacionamento. Especialistas alertam para a importância de medidas preventivas e políticas públicas que garantam maior segurança, sobretudo para mulheres. Mais do que um episódio policial, a morte de Karina é um chamado à reflexão sobre a fragilidade da vida diante da violência de gênero e a urgência de transformar indignação em ações concretas de proteção.