Irmã de Francisco fez declaração “profética” na época em que ele se tornou papa; entenda

María Elena é a irmã mais nova de cinco irmãos da família Bergoglio e, depois do falecimento recente do Papa Francisco nessa segunda-feira, 21, ela acabou se tornando a última sobrevivente da geração mais velha da família. Ela sempre teve uma relação bem próxima com o irmão Jorge — ou melhor, Jorge Mario Bergoglio, como era o nome dele antes de se tornar o Papa Francisco. Em 2013, quando ele foi escolhido como o primeiro papa latino-americano da história, María deu uma entrevista pra revista ¡HOLA! da Argentina onde contou um pouco sobre esse laço forte que eles tinham.
Na época ela disse algo que parece até profético: “Jorge vai ser um papa que vai mudar a nossa Igreja”. E olha, pelo visto ela tava certa. Hoje, já com a saúde mais frágil, María tá sendo cuidada por freiras, e leva uma vida bem mais reservada.
Antes de tudo isso acontecer, ela vivia como muita gente: era dona de casa, cuidava dos filhos, levava uma vida simples. Mas tudo virou de cabeça pra baixo no dia que anunciaram o irmão dela como o novo papa. Quem deu a notícia foi o cardeal francês Jean-Louis Tauran.
“Foi em questão de segundos. Quando disseram o nome dele, o telefone não parou mais. Tocou o dia inteiro. E eu nem consegui dormir. Tocaram na porta, foi uma loucura. Eu sabia que nada mais ia ser igual. E não me enganei. A vida mudou de verdade. Foi um baque gigante”, contou ela logo depois da escolha do novo pontífice.
Na mesma entrevista de 2013, ela também falou sobre como o irmão era presente na vida da família. Apesar dos compromissos e da distância, ele sempre dava um jeitinho de manter o contato. Eles conversavam toda semana, trocavam cartas, e de vez em quando organizavam uns almoços em família. Até não muito tempo atrás, ele mesmo cozinhava.
Ela contou que um dos pratos preferidos dele era risoto — principalmente os que ele fazia de lula recheada ou de cogumelos, seguindo receitas que tinham vindo da avó italiana deles. Uma coisa bem família mesmo.
Sobre as qualidades dele, María sempre admirou a forma como ele se expressava. Dizia que ele era claro nas palavras e tinha um coração enorme. “Ele é uma pessoa que faz a gente pensar, sabe? Pela maneira simples e direta como fala”, disse ela.
Na época, ela também revelou que estava meio preocupada com o irmão por causa da responsabilidade que vinha junto com o cargo de papa. “Às vezes eu acho que ser papa deve ser bem solitário”, desabafou. Mas mesmo com essa preocupação, ela dizia que confiava na capacidade dele e que ele teria o apoio da família e das orações de todos.
Ela ainda falou sobre o legado que achava que o irmão deixaria pra Igreja. Segundo María, ele era um homem íntegro, com um caráter forte e convicções muito bem firmadas. “Desde sempre, Jorge pedia que a gente rezasse por ele. E ele seguiu o caminho dele assim, com muita fé e apoio de todos nós”, contou.
Hoje, a história dos dois continua sendo lembrada, principalmente nesse momento em que o mundo se despede do Papa Francisco — um homem que marcou a Igreja e também a vida da irmã caçula, que viu tudo mudar num piscar de olhos.