Na noite de quarta-feira (2), o Brasil perdeu uma grande estrela do jornalismo. Wanda Chase, uma jornalista e apresentadora respeitada, faleceu em Salvador, no Hospital Tereza de Lisieux, enquanto passava por uma cirurgia emergencial para tratar um aneurisma dissecante da aorta. Seu legado transcende décadas de dedicação à comunicação e à valorização da cultura afro-brasileira, deixando uma marca indelével na sociedade.
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Uma Jornada de Sucesso no Jornalismo
Natural do Amazonas, Wanda Chase encontrou seu verdadeiro lar na Bahia em 1991, onde sua paixão pelo jornalismo e pela cultura negra floresceu. Trabalhando por 27 anos na TV Bahia, ela se consolidou como uma figura icônica da comunicação local. Ao longo de sua carreira, também deixou sua marca em veículos renomados como Rede Manchete, TV Cabo Branco e Rede Globo Nordeste. Além disso, atuou como assessora de imprensa do grupo Olodum, onde continuou a amplificar as vozes da comunidade negra.
Wanda foi reconhecida por sua dedicação e excelência, tendo recebido 45 prêmios ao longo da carreira. Sua capacidade de transformar pautas sociais em diálogos de impacto fez dela uma referência, inspirando jornalistas em todo o Brasil.
Um Ícone da Resistência e da Cultura Afro-Brasileira
Sua luta pela visibilidade da cultura afro-brasileira não apenas enriqueceu o cenário midiático, mas também ecoou por gerações. Wanda utilizava sua posição privilegiada no jornalismo para destacar temas essenciais, promovendo debates sobre igualdade racial e celebrando a cultura afro. Sua vida foi um exemplo de como a comunicação pode ser uma ferramenta de transformação.
Os Desafios de Saúde e a Partida Prematura
Há cerca de um mês antes de sua morte, Wanda enfrentou problemas de saúde que começaram como uma infecção urinária e evoluíram para uma infecção intestinal. Em seu último dia, a situação se agravou, revelando o diagnóstico de aneurisma dissecante da aorta. Apesar dos esforços dos médicos, a jornalista não resistiu à cirurgia realizada no dia 2 de abril, com seu falecimento anunciado às 23h. Sua partida prematura gerou uma onda de tristeza entre colegas, amigos e admiradores.
Homenagens e Reconhecimento ao Longo da Carreira
Durante sua vida, Wanda foi celebrada por suas conquistas. Em 2002, recebeu o Título de Cidadã Soteropolitana pela Câmara Municipal de Salvador. Já em 2024, preparava-se para receber o Título de Cidadã Baiana pela Assembleia Legislativa da Bahia, uma homenagem que infelizmente foi adiada devido às complicações de sua saúde.
Mesmo após sua aposentadoria, Wanda continuou ativa na comunicação, escrevendo colunas no portal iBahia e liderando um podcast. Sua paixão pela informação e pela cultura baiana se manteve até seus últimos dias.
Um Legado de Amizade e Inspiração
Wanda também construiu laços profundos, como sua amizade com Glória Maria, outro ícone do jornalismo brasileiro. As duas compartilharam momentos inesquecíveis, mostrando que, além do profissionalismo, a amizade pode ser uma força poderosa para a vida.
O funeral de Wanda será realizado no sábado (5), no Cemitério Campo Santo, em Salvador, onde amigos e familiares se reunirão para prestar tributo à jornalista que transformou vidas e deu voz à cultura negra. Sua morte representa uma perda irreparável para o jornalismo e para a sociedade, mas seu legado permanece como um farol de inspiração e resiliência.
Wanda Chase não apenas contou histórias, ela fez história. Seu impacto será eternamente lembrado.
