Política

Gleisi diz que “era do golpe” acabou e que julgamento põe fim à impunidade

Julgamento de Bolsonaro: STF dá início a marco histórico da democracia

Início do julgamento e fala do governo

Nesta terça-feira (2), a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, classificou como “um encontro marcado com a democracia” o julgamento que começou no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus. A ação faz parte do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado no país. Para a ministra, a data simboliza o encerramento de um ciclo histórico de impunidade em casos de ataques à ordem democrática.

O peso político do julgamento

O STF busca não apenas responsabilizar os acusados, mas também reafirmar a força das instituições brasileiras. Segundo Gleisi, todos os procedimentos legais foram respeitados, o que reforça a diferença entre o processo atual e períodos de exceção vividos no Brasil. Juristas apontam que o julgamento pode consolidar a confiança da sociedade no sistema de Justiça e servir de exemplo contra práticas antidemocráticas.

Acusações graves contra os réus

Os oito investigados enfrentam denúncias que incluem organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e depredação de patrimônio público tombado. A situação de Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin, é distinta: graças a um pedido de suspensão aprovado pela Câmara dos Deputados, ele responde apenas a parte das acusações.

Quem está no banco dos réus

Entre os principais acusados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro; os ex-ministros Anderson Torres, Augusto Heleno e Braga Netto; os militares Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier; o ex-ajudante de ordens Mauro Cid; além de Alexandre Ramagem. O grupo, segundo as investigações, teria participado de um plano articulado para enfraquecer as instituições e facilitar uma ruptura democrática no país.

Cronograma do julgamento no STF

A Primeira Turma do Supremo, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, reservou cinco sessões para a análise do caso. As audiências estão previstas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, em turnos extraordinários e ordinários. O julgamento deve ser transmitido ao vivo, ampliando a transparência e permitindo que a sociedade acompanhe todos os desdobramentos em tempo real.

Expectativa e impacto social

A repercussão do processo já movimenta o debate público, sobretudo nas redes sociais. Parte da população espera uma resposta firme do Judiciário, enquanto aliados do ex-presidente tratam a ação como perseguição política. Independentemente do resultado, especialistas avaliam que o julgamento será determinante para o futuro da democracia no Brasil e poderá redefinir os rumos da política nacional nos próximos anos.