Caso Jorge Avalo: Caseiro Morto por Onça é Sepultado sob Forte Comoção em Anastácio (MS)

Foi sepultado na tarde desta quarta-feira (23), em Anastácio (MS), o corpo do caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, morto de forma brutal após ser atacado por uma onça-pintada às margens do rio Miranda, no coração do Pantanal sul-mato-grossense.

O enterro ocorreu por volta das 13h45 (horário local), sob um clima de forte emoção, que tomou conta dos familiares, amigos e moradores da região.

Exames e Identificação do Ataque

Antes do sepultamento, o corpo de Jorge passou por exames no Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana.
De acordo com as autoridades, embora o laudo oficial deva ser concluído em até 10 dias, já foi possível identificar múltiplas mordidas e marcas de garras, compatíveis com o ataque de uma onça-pintada.

Tragédia em Meio à Mata Fechada

Conhecido carinhosamente como Jorginho, Jorge Avalo trabalhava como caseiro em um pesqueiro da região e foi surpreendido pelo felino na manhã da última segunda-feira (21).
A Polícia Militar Ambiental (PMA) encontrou partes do corpo da vítima no dia seguinte (22), próximo à margem do rio, ao lado de pegadas frescas do animal.

As buscas mobilizaram helicópteros, drones, equipes da PMA, da Polícia Civil e moradores locais, que enfrentaram um terreno hostil e de difícil acesso para localizar a vítima.

A tragédia, ocorrida em uma área isolada do Pantanal de Aquidauana, expôs novamente os riscos da convivência entre humanos e grandes predadores em regiões de mata fechada.

“O Animal Estava Rondando”: Relato de Familiares

Segundo familiares, Jorge era um homem experiente, habituado a circular tranquilamente pela região.
Contudo, conforme relato do sobrinho, o felino já vinha rondando o pesqueiro há vários dias, demonstrando comportamento de caça e observação antes de atacar.

Agora, a família busca forças para lidar com a perda inesperada, enquanto a comunidade de Anastácio tenta processar o impacto de uma morte tão trágica.

Repercussão e Alerta no Pantanal

A presença constante de onças-pintadas nas margens do rio Miranda reacende o alerta para a necessidade de monitoramento mais rigoroso e medidas de segurança nas áreas de trabalho e turismo dentro do Pantanal, onde o equilíbrio entre a vida selvagem e a presença humana é cada vez mais desafiador.