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Estados entram em alerta para clima severo com grande potencial de destruição…VER MAIS

A semana continua marcada por condições climáticas adversas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira (31), a previsão aponta para tempestades severas, grandes volumes de chuva e um elevado risco de temporais, ampliando a preocupação das autoridades e da população.

Áreas mais afetadas

Em Minas Gerais, a atenção se volta especialmente para a faixa centro-sul do estado, incluindo Belo Horizonte e sua Região Metropolitana. Essas áreas, já destacadas como vulneráveis nos mapas meteorológicos, apresentam um alto risco de alagamentos, deslizamentos e enchentes devido ao grande volume de chuvas acumulado nas últimas semanas.

No Rio de Janeiro, o foco principal está na região oeste do estado e na Serra Fluminense, onde os modelos meteorológicos indicam a possibilidade de precipitações intensas e persistentes. No entanto, todo o território fluminense permanece em alerta para a ocorrência de temporais ao longo do dia.

O cenário é ainda mais preocupante devido aos acumulados expressivos de chuva registrados em janeiro. Em Minas Gerais, cidades como Ouro Branco somam 324,2 mm de chuva apenas neste mês, enquanto Belo Horizonte já alcançou 308 mm. No Rio de Janeiro, Guapimirim registra mais de 320 mm, e Teresópolis ultrapassou os 250 mm. Esses números refletem o impacto das precipitações constantes e tornam o solo cada vez mais encharcado, aumentando o risco de deslizamentos.

Além disso, áreas de São Paulo próximas à divisa com Minas Gerais também estão em alerta, com condições meteorológicas instáveis previstas para os próximos dias.

Orientações e precauções

Diante desse cenário, especialistas e órgãos de segurança reforçam a necessidade de atenção redobrada, principalmente para moradores de áreas de risco, como encostas, margens de rios e regiões sujeitas a enchentes. A Defesa Civil recomenda que a população acompanhe as atualizações meteorológicas e evite deslocamentos durante chuvas intensas.

Atenção especial deve ser dada a sinais de risco geológico, como rachaduras em paredes, inclinação de postes e árvores ou movimentações incomuns no solo. Caso identifiquem esses indícios, os moradores devem acionar imediatamente os órgãos responsáveis e, se necessário, evacuar o local.

Risco geológico em Belo Horizonte

Belo Horizonte, capital mineira, é uma das cidades mais afetadas pelas chuvas recentes. Com oito das nove regionais em estado de atenção, o risco geológico aumenta significativamente, colocando diversas áreas vulneráveis em alerta para deslizamentos de terra e desmoronamentos.

O solo saturado pelas precipitações acumuladas desde o início do ano potencializa os perigos, e a previsão de novos temporais nos próximos dias só agrava a situação. O alerta da Defesa Civil se estende até sexta-feira (2), reforçando a necessidade de cuidados extremos, especialmente para aqueles que vivem em terrenos instáveis.

A orientação das autoridades é clara: qualquer sinal de desmoronamento deve ser comunicado imediatamente, e áreas de encosta devem ser evitadas durante e após as chuvas.

Impactos e lições do passado

Os eventos climáticos recentes não são isolados. Nos últimos anos, Belo Horizonte já enfrentou graves transtornos causados por chuvas volumosas, incluindo desabamentos de casas, interdições de vias e perda de vidas. Esse histórico reforça a importância de ações preventivas e do cumprimento das orientações das autoridades.

Com as próximas horas sendo cruciais para o monitoramento das condições meteorológicas, a população de Minas Gerais e do Rio de Janeiro deve permanecer atenta às atualizações e priorizar a segurança. A combinação de solo encharcado, temporais e áreas vulneráveis exige responsabilidade coletiva para evitar tragédias.

O cenário para os próximos dias ainda é de instabilidade, e a previsão de mais chuvas intensas em toda a região Sudeste mantém o alerta ligado. Se seguir as orientações das autoridades já é essencial, redobrar a atenção neste momento pode fazer toda a diferença.