Esses são os sintomas iniciais do câncer que matou Preta Gil, fiq… Ver mais

A noite deste domingo, 20 de julho, marcou um dos momentos mais dolorosos para a cultura brasileira: a cantora e artista multifacetada Preta Gil faleceu aos 50 anos, após uma luta intensa contra o câncer. Ícone da música, da diversidade e da resistência feminina, Preta nos deixa após enfrentar bravamente um adenocarcinoma — um tipo de câncer que atinge a região colorretal e partes do intestino.
A notícia da morte foi confirmada pela coluna da jornalista Fábia Oliveira, do portal Metrópoles, e logo se espalhou entre fãs, amigos e admiradores da artista, provocando comoção nas redes sociais e em todo o meio artístico.
Uma batalha pública e corajosa
Preta Gil compartilhou com o público seu diagnóstico em janeiro de 2023. Desde então, decidiu transformar sua jornada de tratamento em um instrumento de conscientização. Enfrentou sessões intensas de quimioterapia e radioterapia com o mesmo brilho que levava aos palcos. Em agosto de 2024, passou por uma cirurgia delicada para a retirada dos tumores. Por um breve momento, a esperança reacendeu.
Mas a doença foi implacável. Exames posteriores indicaram a metástase para outras quatro regiões do corpo, exigindo a retomada urgente do tratamento. Nos últimos meses, a cantora passou a realizar acompanhamento nos Estados Unidos, onde buscou terapias avançadas na tentativa de conter a progressão do câncer.
Uma voz que ecoa além da música
Filha do lendário Gilberto Gil, Preta construiu sua trajetória com autenticidade e carisma. Ela foi uma das vozes mais importantes no combate ao preconceito, à gordofobia e à invisibilização de corpos diversos. Sua carreira ultrapassava os limites da música: foi atriz, apresentadora, empresária e ativista.
Nas redes sociais, sua franqueza e humanidade criaram uma legião de seguidores fiéis, que acompanhavam não apenas os momentos de palco, mas também suas reflexões sobre saúde, feminismo, maternidade e amor próprio.
Câncer colorretal: um alerta urgente
A morte de Preta Gil acende um alerta sobre o câncer colorretal, uma doença que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é a segunda mais frequente entre homens e mulheres no Brasil. Em muitos casos, os sintomas são silenciosos ou confundidos com problemas intestinais comuns.
Veja abaixo os sinais mais frequentes da doença, segundo o INCA:
1. Sangue nas fezes
Mesmo que nem sempre indique um tumor, esse é um sintoma de atenção. A persistência da presença de sangue pode ser uma pista precoce da doença. A partir dos 50 anos, é indicado realizar o exame de sangue oculto nas fezes anualmente.
2. Alterações nos hábitos intestinais
Diarreia e prisão de ventre alternados, ou mudança no aspecto das fezes, são sinais que podem indicar alterações na saúde do intestino. A atenção a esses sintomas é fundamental para um diagnóstico precoce.
3. Dores abdominais frequentes
Cólicas constantes, gases e sensação de inchaço ou de um “caroço” no abdômen podem estar associados à presença de tumores na região intestinal.
4. Cansaço extremo e anemia
A fraqueza persistente, mesmo após repouso, pode ser causada por anemia provocada pelo câncer. A diminuição de glóbulos vermelhos interfere diretamente na oxigenação do corpo e na disposição física.
5. Perda de peso rápida e sem explicação
Emagrecimento sem dieta, especialmente quando ocorre de forma acelerada, pode indicar alterações metabólicas causadas por tumores. Essa perda de peso inexplicada é um dos sinais de alerta não apenas para o câncer colorretal, mas também para outros tipos, como o de estômago, pâncreas ou pulmão.
Estilo de vida como fator de risco
Entre os fatores que aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de intestino estão a alimentação pobre em fibras, o consumo frequente de alimentos ultraprocessados e o excesso de carne vermelha. Um estilo de vida sedentário, o tabagismo e o consumo de álcool também são agravantes. A prevenção passa por escolhas conscientes: dieta equilibrada, prática de exercícios, exames periódicos e acompanhamento médico.
Um legado que não morre
A partida de Preta Gil é um golpe duro, mas seu legado permanece vivo. Seu exemplo de força, sua música e sua voz continuarão ressoando nas lutas por representatividade, saúde e amor-próprio. Ela mostrou que é possível enfrentar as adversidades com dignidade, sem esconder as fragilidades — e isso, por si só, é um ato de coragem.
Hoje, o Brasil se despede de uma estrela que brilhou intensamente e que jamais será esquecida. Preta Gil vive em cada batida, em cada verso, em cada causa que defendeu com o coração.
