Notícias

Esposa de empresário morto em Interlagos rompe o silêncio e fala sobre o que pode ter acontecido com o marido: ‘Pegou ele’

A morte de Adalberto Amarilio dos Santos Junior, empresário conhecido por comandar uma rede de óticas, abalou não só a família, mas também quem acompanhou a história. Ele foi encontrado morto dentro de um buraco no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, semanas atrás. Tinha apenas 35 anos e muitos planos pela frente, segundo contou sua esposa, Fernanda.

Casados há quase oito anos, Fernanda e Adalberto vinham falando sobre aumentar a família. Ela contou que os dois já pensavam em ter filhos em breve. Por isso, a perda dele acabou se tornando ainda mais dolorosa. A sensação é de que algo foi arrancado antes da hora. E pior: ninguém ainda sabe ao certo o que aconteceu de verdade naquele dia.

“Meu marido não caiu ali sozinho”

Em entrevista recente ao G1, Fernanda falou, visivelmente abalada, que acredita que o marido foi vítima de um crime dentro do autódromo, durante um evento que acontecia no local. “Meu marido tava indo pro carro pra ir embora. Alguém pegou ele nesse caminho. Ninguém viu nada, ninguém sabe nada… mas não tem como ele ter caído sozinho ali”, afirmou a viúva.

O local onde o corpo foi achado é de difícil acesso, o que levantou dúvidas desde o início. Amigos e familiares ficaram indignados com a ausência de câmeras no ponto exato e também com a demora nas investigações. Embora a polícia tenha aberto um inquérito, até agora pouca coisa concreta apareceu.

Mistério e revolta

A história toda parece saída de um filme policial. Um empresário jovem, bem de vida, desaparece misteriosamente durante um evento fechado, em um lugar que, teoricamente, deveria ter segurança reforçada. Dias depois, o corpo é encontrado num buraco. E ninguém sabe como ele foi parar lá? Como assim?

Fernanda disse que desde então, a vida virou de cabeça pra baixo. A dor da perda se mistura com a frustração por não ter respostas. “É difícil seguir em frente sem entender o que houve. Ele não era de se meter em confusão, era um homem do bem. Trabalhador, honesto, querido por todos”, contou ela.

O caso também ganhou repercussão nas redes sociais, com internautas cobrando justiça e mais agilidade da polícia. Vários amigos do casal publicaram homenagens a Adalberto, muitos deles inconformados com a forma como tudo aconteceu.

A espera por justiça

Até o momento, o que se tem são especulações. A polícia trabalha com algumas hipóteses, mas não divulgou detalhes pra não atrapalhar as investigações. Fernanda, no entanto, cobra transparência. “O que eu quero é só a verdade. Seja ela qual for. Mas não dá pra aceitar que uma pessoa suma assim e ninguém saiba de nada. Ele era meu marido, minha família. E eu quero justiça.”

A tragédia aconteceu num dos pontos mais emblemáticos do automobilismo nacional, mas dessa vez não teve nada a ver com corrida. O que se viu foi uma perda absurda, uma ausência sem explicação, e um buraco que ficou — não só no autódromo, mas também na vida de quem ficou pra trás.

Enquanto o caso não se resolve, Fernanda tenta juntar forças pra seguir. Mas sem respostas, a dor não cicatriza. “Eu não vou parar de buscar. Enquanto eu tiver forças, vou lutar por ele”, finaliza ela.