Em meio a taxação: Lula chora ao saber q… Ver mais

Emoção no centro do poder: Lula chora ao falar da fome no Brasil
Em um momento que transcendeu a política, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva se emocionou nesta quinta-feira (10) ao falar sobre a volta da fome no Brasil. Durante encontro com parlamentares aliados em Brasília, Lula interrompeu seu discurso, enxugou as lágrimas e reafirmou com veemência: erradicar a fome será sua “prioridade zero”. O episódio comoveu o auditório e arrancou aplausos de pé. “Se quando eu terminar esse mandato, cada brasileiro estiver tomando café, almoçando e jantando, eu terei cumprido a missão da minha vida”, afirmou.
Compromisso humanitário no centro do novo mandato
O evento, que reuniu parlamentares de partidos aliados, foi marcado por emoção e um discurso firme sobre reconstrução social. Lula, ao lado de Janja, de Geraldo Alckmin e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, relembrou os avanços sociais de seus governos anteriores e lamentou os retrocessos. “Eu jamais imaginei que a fome voltaria ao nosso país”, desabafou. O choro não foi planejado — e talvez por isso tenha causado tanto impacto: foi visto como um gesto de humanidade em meio à formalidade política.
Críticas à austeridade e à exclusão social
Em tom crítico, Lula voltou a mirar a política econômica dos últimos anos, especialmente o teto de gastos. “Por que temos meta de inflação, mas não temos meta de crescimento?”, questionou. O presidente eleito reforçou que não há estabilidade possível enquanto milhões passam fome, e sinalizou que irá buscar flexibilidade fiscal para priorizar programas sociais. Sua fala representa um rompimento claro com a lógica de contenção orçamentária que, segundo ele, tem penalizado os mais pobres.
Uma ponte entre adversários políticos
Apesar do discurso contundente, Lula também abriu espaço para o diálogo. Pregou união, responsabilidade e uma frente ampla para governar. “Os que não venceram também terão o direito de participar da reconstrução do Brasil”, disse, em sinal de que pretende reduzir tensões e incluir diferentes espectros políticos. A proposta foi bem recebida por líderes de partidos como MDB, PSD e PSB, que já discutem posições estratégicas no governo de transição.
O desafio real: combater a fome em um país desigual
Mais do que discurso, Lula herda um cenário alarmante: o Brasil voltou ao mapa da fome, com mais de 33 milhões de pessoas em insegurança alimentar. O presidente eleito prometeu recolocar os pobres no orçamento e priorizar políticas públicas voltadas à inclusão, à sustentabilidade e à retomada do crescimento com justiça social. O desafio será conciliar esses compromissos com as pressões do Congresso e do mercado.
Lágrimas que cobram ação
O choro de Lula simbolizou mais do que emoção: evidenciou o peso de uma missão assumida publicamente. Aos 77 anos, ele retorna ao poder com o discurso de quem quer fazer mais — e melhor — pelos que mais precisam. O país aguarda, com esperança e expectativa, os próximos passos. Como ele mesmo disse, “o povo pobre precisa voltar a ser prioridade, não estatística”.