Política

EITA: Olha só o que Bolsonaro disse sobre Janja e Lula. ‘Chamou ela de va’… Ver mais

Bolsonaro Critica Lula e Janja em Entrevista e Reacende Polarização Política

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao centro do debate político nesta quarta-feira (14/5) ao conceder uma entrevista ao UOL News, marcada por duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. As declarações polêmicas acentuam o clima de polarização que tem caracterizado o cenário nacional nos últimos anos.

Críticas à Política Externa e à Aproximação com a China

Durante a entrevista, Bolsonaro classificou a política externa do governo Lula como “vergonhosa” e sugeriu que o Brasil estaria se tornando excessivamente dependente da China. Segundo ele, os recentes acordos firmados com o país asiático colocam em risco a soberania nacional.

“No fim do ano passado, o Lula assinou 37 acordos com a China, incluindo um sobre minerais estratégicos. Ele se entrega de corpo e alma para os chineses. Não queremos a China aqui”, afirmou Bolsonaro, com tom contundente.

A crítica reflete a linha ideológica que marcou sua gestão, baseada na aproximação com os Estados Unidos e na resistência à influência chinesa na América Latina. Para Bolsonaro, o Brasil deveria manter laços prioritários com o Ocidente, evitando parcerias com regimes que considera autoritários.

Acusações de Censura e Ataques a Janja

Outro ponto sensível da entrevista foi o comentário sobre a primeira-dama Janja, a quem Bolsonaro acusou de defender a censura nas redes sociais durante a visita do casal presidencial à China.

“Dá vergonha ver a Janja demonstrando que tem de haver censura aqui. É só vexame em cima de vexame”, declarou.

O ex-presidente se posicionou novamente contra qualquer proposta de regulação das plataformas digitais, defendendo a liberdade de expressão e argumentando que os mecanismos legais existentes já seriam suficientes para combater abusos e fake news.

“Você combate fake news com mais liberdade. Já existe lei para isso. Quem vai cercear isso é o ser humano”, afirmou.

Retorno à Cena Política

Após passar 21 dias internado em Brasília, Bolsonaro reapareceu publicamente no dia 7 de maio, durante um ato pró-anistia, mesmo contrariando recomendações médicas de evitar grandes aglomerações.

Sua presença no evento foi interpretada como um sinal claro de que, apesar dos desafios de saúde, ele pretende manter-se ativo politicamente e influente nos principais debates nacionais, especialmente em pautas ligadas à liberdade individual, segurança e soberania.

Polarização em Alta

As recentes declarações de Bolsonaro reforçam a divisão ideológica que ainda domina o país. Ao atacar Lula e Janja, o ex-presidente fala diretamente à sua base, composta por eleitores que se identificam com o discurso conservador e nacionalista.

Por outro lado, o governo Lula tem defendido sua política externa como estratégica e multilateral, destacando que a aproximação com a China — atualmente o maior parceiro comercial do Brasil — é uma decisão pragmática, voltada ao desenvolvimento econômico e à diversificação de alianças internacionais.

Disputa Narrativa em Ano Eleitoral

As falas de Bolsonaro ocorrem em um momento politicamente sensível, com o calendário eleitoral das eleições municipais de 2024 em andamento e o xadrez político já se movimentando com vistas a 2026.

Ao colocar em dúvida a condução do país sob Lula, Bolsonaro aposta na narrativa de que há riscos à liberdade do cidadão e à autonomia econômica nacional, tentando preservar seu protagonismo político e mobilizar aliados para os próximos pleitos.

Enquanto isso, o Palácio do Planalto deve intensificar a comunicação de que sua política externa visa a construção de uma diplomacia sólida, baseada em interesses nacionais e não em alinhamentos ideológicos.