CONFIRMADO: Empresário que mat0u gari, acaba de… Ver mais

Executivo de destaque é acusado de crime brutal em Belo Horizonte
Belo Horizonte foi palco de um episódio que chocou a opinião pública. Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, até então vice-presidente da Fictor Alimentos, foi preso sob a acusação de assassinar o gari Laudemir de Souza Fernandes, 51 anos, após uma discussão de trânsito na última segunda-feira (11). A frieza do ato e o perfil do suspeito, descrito como executivo de “excelente capacidade de negociação”, ampliaram a repercussão do caso.
Discussão de trânsito terminou em tragédia
De acordo com as investigações, o conflito começou quando Renê se irritou com a lentidão provocada por um caminhão de coleta de lixo. Após ameaçar a motorista do veículo, o empresário sacou uma pistola calibre .380 e atirou contra Laudemir, que tentava apaziguar a situação. O gari foi atingido fatalmente e não resistiu aos ferimentos. O armamento, segundo registro policial, era de propriedade da esposa de Renê, a delegada da Polícia Civil Ana Paula Balbino Nogueira.
Arma da esposa levanta questionamentos institucionais
O uso da pistola pertencente à delegada adicionou complexidade ao inquérito. A Corregedoria da Polícia Civil determinou o afastamento imediato de Ana Paula, que agora é investigada para apurar se houve facilitação no acesso ao armamento. O episódio gerou constrangimento dentro da corporação e levantou debates sobre a responsabilidade no armazenamento de armas de fogo, especialmente em residências de agentes de segurança pública.
Empresa rompe vínculo e repudia violência
Na esfera profissional, as consequências foram imediatas. A Fictor Alimentos demitiu Renê por justa causa e divulgou nota pública repudiando o crime. A companhia ressaltou que “atos de violência são incompatíveis com os valores da empresa” e prestou solidariedade à família da vítima. Colegas de trabalho relataram choque e incredulidade, já que o executivo era visto como líder firme e equilibrado.
Comunidade presta homenagem e cobra justiça
O velório de Laudemir reuniu familiares, amigos e colegas de profissão, que prestaram uma silenciosa homenagem. Funcionários da limpeza urbana compareceram uniformizados em sinal de respeito. A esposa, Liliane França, destacou que o marido era “um homem trabalhador e pacífico”, enquanto a irmã, Lucileni de Souza, classificou a morte como “cruel e sem sentido”. A comoção expôs a vulnerabilidade dos garis, profissionais essenciais, mas muitas vezes invisibilizados no dia a dia da cidade.
Caso gera debate sobre violência e porte de armas
Atualmente detido no Ceresp Gameleira, Renê aguarda os desdobramentos judiciais. O crime desencadeou indignação social e reabriu discussões sobre violência no trânsito, posse de armas e controle emocional em situações cotidianas. A Prefeitura de Belo Horizonte lamentou a “violência injustificável” e reforçou a importância do trabalho dos garis. O caso segue em investigação pela Polícia Civil, que busca esclarecer responsabilidades e revelar todos os detalhes por trás da tragédia.