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Caso Vitória: Após ser preso, Maicol fala pela primeira vez a verdade sobre o caso, “Eu fiz por”… Ver mais

A investigação sobre o assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, ocorrido na última semana de fevereiro, ganha novos desdobramentos. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) afastou qualquer indício de violência sexual, esclarecendo detalhes sobre a causa da morte da adolescente, que foi brutalmente esfaqueada três vezes. O documento foi encaminhado à Polícia Civil, que conduz o inquérito sobre o desaparecimento e homicídio da vítima em Cajamar, na Grande São Paulo.

Desdobramentos da perícia

De acordo com a Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), que examinou o corpo da vítima, não foram encontradas lesões traumáticas de interesse médico-legal na região genital e perineal. Essa constatação descarta, até o momento, a hipótese de violência sexual. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o caso continua em investigação pela Delegacia de Cajamar.

O suspeito do crime, Maicol Sales dos Santos, foi interrogado na noite de segunda-feira (17) e confessou o assassinato. No entanto, a polícia ainda aguarda o resultado de laudos complementares e realiza diligências para concluir o inquérito.

O desaparecimento e a descoberta do corpo

Vitória desapareceu no dia 26 de fevereiro, após sair do trabalho e embarcar em um ônibus com destino a sua casa. No entanto, ela nunca chegou ao seu destino. O corpo da adolescente foi encontrado no dia 5 de março, em uma área de mata, nu e com a cabeça raspada. A arma do crime ainda não foi localizada.

A obsessão do suspeito

As investigações apontam que Maicol, morador do mesmo bairro da vítima, tinha um comportamento obsessivo em relação a Vitória. A perícia realizada em seu celular revelou que ele visualizou uma foto publicada pela jovem no ponto de ônibus pouco antes de seu desaparecimento, o que sugere que ele a monitorava.

Maicol foi preso em 8 de março e, segundo a Polícia Civil, cometeu o crime por vingança, após ser rejeitado por Vitória. O delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor da Polícia Civil da Grande São Paulo, destacou a importância da coleta de provas para esclarecer todos os detalhes do crime. “O primeiro momento é a colheita das provas, colocando as pessoas na cena do crime. Depois, buscamos a motivação do assassinato”, afirmou em entrevista ao Fantástico no dia 9 de março.

Testemunhas e provas materiais

Uma testemunha relatou ter visto o carro de Maicol próximo ao ponto final do ônibus onde Vitória desembarcou. O veículo foi apreendido, e um fio de cabelo encontrado em seu interior está passando por exame de DNA para verificar se pertence à vítima.

Além disso, outra testemunha afirmou ter notado movimentação suspeita em frente à casa do suspeito na madrugada de 27 de fevereiro, momento em que Vitória teria seguido a pé para casa. A residência de Maicol fica a cerca de 2 km da adolescente, e ele segue sendo o principal e único suspeito do crime até o momento.

Localização do corpo e investigações em andamento

O corpo de Vitória foi localizado com a ajuda de um cão farejador da Guarda Civil Municipal (GCM) em uma área rural de Cajamar, a cerca de 5 km da residência do suspeito e da casa onde a vítima morava com a família. A região é de difícil acesso, cercada por árvores e cortada por estradas de terra, o que dificultou as buscas.

A Polícia Civil continua trabalhando para esclarecer os últimos detalhes do caso e não descarta a possibilidade de envolvimento de outras pessoas. A conclusão do inquérito deverá trazer respostas definitivas para a família de Vitória e para a sociedade, que acompanha com atenção a busca por justiça para a jovem vítima desse crime brutal.