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Caso Théo: delegado revela o que o pai do menino fez após tirar a vida da criança

O caso comoveu o Brasil e chocou até mesmo os policiais mais experientes.

Um crime que chocou o país revela os contornos mais sombrios da violência familiar e da vingança cega. Tiago Ricardo Felber, de 40 anos, foi preso após confessar o assassinato do próprio filho, Théo Ricardo Ferreira Felber, de apenas cinco anos.

O menino foi jogado de uma ponte que fica no município de São Gabriel, localizado na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, no dia de seu aniversário, uma tragédia que tem repercutido em todo o Brasil pela brutalidade e frieza envolvidas.

Ainda de acordo com o delegado, responsável pela investigação deste crime brutal, a frieza do suspeito é assustadora e um deltalhe gerou muita revolta, logo depois de jogar o filho da ponte e deixar o local tranquilamente,  Tiago foi almoçar. “Atirou criança de ponte e foi almoçar”, disse o agente da PC.

Segundo informações da Polícia Civil, Tiago teria cometido o crime como forma de vingança contra a ex-mulher, Abigail Luisa Ferreira. Eles estavam separados desde dezembro do ano anterior, após uma discussão que culminou na destruição de objetos pessoais dela.

Apesar de ter registrado ocorrência, a mulher não prosseguiu com a denúncia e afirmou nunca ter sofrido agressão física por parte do ex-companheiro. Nos dias que antecederam o crime, Tiago convenceu a ex a permitir que Théo passasse uma semana com ele, supostamente para comemorar o aniversário juntos.

No entanto, o plano revelou-se trágico. Na segunda-feira, ele tentou matar o menino por sufocamento, sem êxito. No dia seguinte, percorreu a cidade de bicicleta com a criança por cerca de três horas, até levá-lo até a ponte onde cometeu o crime, por volta do meio-dia.

O pai admitiu que, inicialmente, pretendia matar a ex-mulher e o novo companheiro dela, mas desistiu. Após jogar Théo da ponte, ato que não resultou em afogamento devido ao baixo nível do rio, causado pela estiagem, Tiago enviou um áudio para a ex-companheira relatando o ocorrido em tom frio, referindo-se ao crime como uma “loucurinha”.

O corpo de Théo foi recolhido e encaminhado ao Posto Médico-Legal de Santa Maria. As imagens das câmeras de segurança registraram pai e filho na bicicleta horas antes do crime, reforçando o planejamento envolvido.

Casos como esse escancaram a importância da atenção às ameaças psicológicas dentro de relacionamentos conturbados, além de ressaltarem a urgência de políticas públicas mais eficazes de proteção à infância.

A tragédia do pequeno Théo não apenas simboliza uma perda irreparável, mas alerta para os riscos silenciosos que podem se esconder em disputas familiares não resolvidas.