A corrida eleitoral de 2026 ainda está distante, mas Jair Bolsonaro já está de olho no futuro. Durante uma entrevista ao UOL nesta quarta-feira, 14 de maio, o ex-presidente comentou sobre a possibilidade de sua esposa, Michelle Bolsonaro, ou seu filho, Eduardo Bolsonaro, disputarem a presidência caso sua inelegibilidade não seja revertida.
Inelegibilidade e a Luta Pela Reversão
Bolsonaro segue inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas afirma que continuará batalhando até o último instante para recuperar seus direitos políticos. Ainda sem garantias de sucesso nessa empreitada, o ex-presidente vê sua esposa despontar nas pesquisas como uma figura forte da direita, chegando a aparecer à frente do presidente Lula em cenários hipotéticos.
Ele exaltou Michelle, destacando seu papel como primeira-dama: uma mulher bem articulada, evangélica e querida por parte significativa da população.
Eduardo Bolsonaro na Disputa?
Outro nome que surgiu na entrevista foi o de Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos. De acordo com Jair Bolsonaro, seu filho também tem sido citado em pesquisas eleitorais, ainda que esteja atrás de Lula. O ex-presidente, no entanto, evitou cravar qualquer decisão.
“Então ela pode ser candidata? Não sei. O outro é o Eduardo, que está nos Estados Unidos e aparece nas pesquisas. Mas temos muito tempo até lá. Não posso bater o martelo agora”, declarou.
Críticas ao Judiciário e Chamado aos Aliados
Na conversa, Bolsonaro voltou a criticar Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de promover uma “guerra jurídica” para impedi-lo de concorrer. Além disso, fez um apelo para que governadores aliados se manifestem contra sua inelegibilidade, embora reconheça que não pode exigir essa postura deles.
Mesmo afastado das urnas, o ex-presidente quer continuar sendo uma peça central no debate público. Com a eleição de 2026 ainda longe, o futuro da direita segue incerto, mas Bolsonaro não parece disposto a indicar um nome neste momento, especialmente porque não há sinais de que sua inelegibilidade será revertida.
