B0MBA! Padre se Recusa a Fazer Batizado de Bebê Reborn e Acaba Sendo… Ver mais

Nos últimos anos, uma nova tendência tem crescido no Brasil e despertado tanto admiração quanto debates acalorados. Os bebês reborn, bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos, começaram como uma forma artística sofisticada.
Mas, hoje, vão muito além de simples objetos colecionáveis — mobilizam comunidades inteiras nas redes sociais, onde tutoriais de cuidados maternos, enxovais personalizados e até certidões de nascimento se tornaram parte do universo dessas bonecas.
Com sua aparência impressionantemente realista, os reborns conquistaram espaço no coração de muitas pessoas. Para algumas, são apenas uma extensão da criatividade e do colecionismo. Para outras, representam um vínculo emocional profundo, funcionando como uma forma de terapia ou até mesmo de maternidade simbólica.
O episódio polêmico: pedidos de batismo para bonecas
Mas a paixão por esses bebês hiper-realistas atingiu um nível inesperado: alguns colecionadores começaram a solicitar batismos religiosos para suas bonecas. Esse fenômeno não passou despercebido pelas igrejas brasileiras e gerou reações inesperadas — algumas hilárias e outras indignadas.
O padre Chrystian Shankar, que tem forte presença nas redes sociais, viralizou recentemente ao negar pedidos de batismo para bebês reborn. Em tom espirituoso, afirmou que casos assim deveriam ser direcionados “ao psicólogo, ao psiquiatra ou, em último caso, ao fabricante da boneca”.
Sua resposta gerou um verdadeiro frenesi online, dividindo opiniões entre aqueles que acharam a recusa óbvia e os que consideraram desnecessária a ironia.
Amor ou obsessão? A visão dos especialistas
Para quem vê de fora, a relação dos colecionadores com os bebês reborn pode parecer exagerada. No entanto, especialistas em saúde mental explicam que esse vínculo pode ser benéfico em diversas situações. Segundo a psicóloga Rita Calegari, o uso das bonecas pode ajudar pessoas em luto, ansiedade ou solidão, proporcionando conforto emocional.
Já o psiquiatra Alaor Neto alerta que o grande divisor de águas entre um hobby saudável e um problema psicológico está na capacidade de discernir entre fantasia e realidade. Quando a presença do reborn começa a substituir completamente relações humanas ou impactar a vida cotidiana de maneira negativa, pode ser necessário avaliar limites mais claros.
O preconceito contra colecionadoras e o impacto cultural
Além da polêmica do batismo, outro debate que ganha força é o preconceito que muitas colecionadoras enfrentam. Por que mulheres que apreciam os reborns ainda sofrem julgamentos?
A sociedade tende a aceitar hobbies colecionáveis quando se trata de itens como action figures, miniaturas ou carros antigos — mas quando o assunto envolve bonecas hiper-realistas, surgem questionamentos sobre sanidade ou imaturidade.
O que isso revela sobre nossa cultura e os papéis de gênero? A verdade é que o fenômeno dos reborns expõe uma série de questões sociais e emocionais. No final das contas, a arte desses bebês perfeitos continua gerando reflexão e emoção, em um cenário onde a viralização rápida faz a controvérsia se multiplicar.