Alexandre de Moraes ordena prisão imediata de ex-presidente, após… Ver mais

STF Determina Prisão de Fernando Collor: Um Novo Capítulo na História Política Brasileira
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu nesta quinta-feira (24) mais um capítulo decisivo na política nacional: o ministro Alexandre de Moraes ordenou a prisão imediata do ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello. Condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção envolvendo a antiga BR Distribuidora (atual Vibra Energia), Collor agora enfrenta a execução de sua sentença.
Ordem de Prisão e Próximos Passos
A decisão de Moraes, no entanto, ainda precisa ser avaliada pelo Plenário do STF, que foi convocado para uma sessão virtual extraordinária nesta sexta-feira (25), com início às 11h. A deliberação deverá se encerrar no mesmo dia, às 23h59.
A expectativa é que a maioria dos ministros ratifique a ordem, seguindo o entendimento já consolidado na Corte.
A Queda de Um Ex-Presidente
Fernando Collor entrou para a história como o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a redemocratização e, ironicamente, também como o primeiro a sofrer um processo de impeachment, em 1992.
Agora, volta ao centro das atenções — desta vez, como réu condenado.
Segundo o STF, Collor teria recebido cerca de R$ 20 milhões em propina entre 2010 e 2014, usando sua influência no Senado para favorecer a UTC Engenharia em contratos com a BR Distribuidora.
As investigações revelaram ainda um esquema de lavagem de dinheiro e manobras políticas para manter aliados em cargos estratégicos dentro da estatal.
Rejeição de Recursos e Acusações de Procrastinação
A prisão foi decretada após a rejeição de dois recursos apresentados pela defesa de Collor, que alegava que a pena havia sido excessiva em comparação aos votos de ministros como André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
Moraes, no entanto, considerou que os recursos não apresentavam fatos novos e tinham caráter meramente procrastinatório, reafirmando que divergências na dosimetria da pena não são suficientes para justificar novo julgamento.
Com isso, determinou a execução imediata da sentença, mesmo antes da publicação final da decisão.
A Defesa de Collor Reage
Em nota, a defesa de Fernando Collor classificou a decisão como “surpreendente e preocupante”, alegando que havia “demonstrada prescrição” no caso.
Os advogados criticaram o fato de a ordem de prisão ter partido de uma decisão monocrática e defenderam que o Plenário deveria analisar o mérito com mais profundidade.
Apesar das críticas, a defesa confirmou que Collor se apresentará espontaneamente para o cumprimento da ordem, enquanto continuará buscando medidas judiciais para tentar reverter a condenação.
“De qualquer forma, o ex-presidente Fernando Collor irá se apresentar para cumprimento da decisão determinada pelo Ministro Alexandre de Moraes, sem prejuízo das medidas judiciais previstas”, diz a nota.
Repercussão e Impacto Político
A notícia da prisão de Collor repercutiu rapidamente nos bastidores políticos de Brasília.
Mais do que um caso isolado, o episódio reacende debates sobre corrupção, impunidade e a responsabilização de figuras públicas — temas sensíveis em um país que ainda enfrenta o desafio de fortalecer suas instituições democráticas.
A prisão de mais um ex-presidente reforça a mensagem de que, apesar dos avanços e recuos, a Justiça brasileira continua a trilhar um caminho mais rigoroso no combate aos crimes de colarinho branco.
Resumo dos principais pontos:
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Prisão imediata de Fernando Collor determinada por Alexandre de Moraes.
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Sessão extraordinária do STF nesta sexta-feira (25) para confirmar a decisão.
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Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
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Defesa alega “prescrição” e decisão “monocrática”, mas confirma que Collor se apresentará.
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Repercussão intensa em Brasília e impacto no cenário político nacional.