Trump se pronuncia sobre condenação de Bolsonaro

Trump critica condenação de Bolsonaro e faz paralelo com sua própria trajetória
Ex-presidente dos EUA reage à decisão do STF
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a chamar atenção ao comentar sobre a condenação de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Na manhã desta quinta-feira (11), antes de embarcar para Nova York, onde disse que assistiria a um jogo de beisebol, Trump declarou estar “surpreso e muito insatisfeito” com o resultado do julgamento.
STF condena Bolsonaro em decisão histórica
A reação de Trump veio logo após a Primeira Turma do STF condenar Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. O placar foi de quatro votos a um, tornando o julgamento praticamente unânime. O caso já é considerado histórico por envolver um ex-presidente acusado de ameaçar a democracia, fato que ganhou repercussão internacional e passou a ser acompanhado de perto por veículos de imprensa em todo o mundo.
Comparação com o Capitólio
Ao comentar o caso, Trump traçou um paralelo com sua própria experiência após a invasão do Capitólio, em janeiro de 2021. “Achei que ele foi um bom presidente do Brasil. É surpreendente que isso possa acontecer. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum”, afirmou. O republicano aproveitou a fala para reforçar sua narrativa de perseguição política, argumento que também usa em sua campanha.
Repercussão no Brasil e nas redes sociais
Do lado brasileiro, a decisão do STF dividiu opiniões. Aliados de Bolsonaro chamaram a condenação de “perseguição” e “injustiça”, enquanto opositores comemoraram a decisão como resposta firme contra ataques às instituições. Nas redes sociais, o tema dominou as discussões: hashtags a favor e contra o ex-presidente ocuparam os trending topics do X (antigo Twitter).
Paralelos entre Bolsonaro e Trump
As comparações entre Trump e Bolsonaro não são de hoje. Ambos cultivaram a imagem de outsiders, com discursos diretos à base eleitoral e desconfiança em relação às instituições. O alinhamento ideológico ficou evidente em encontros oficiais e discursos semelhantes. Agora, com Trump em plena corrida eleitoral para voltar à Casa Branca em 2025, sua defesa de Bolsonaro também funciona como uma defesa de si próprio.
Destinos políticos ainda conectados
As declarações de Trump vieram em um momento simbólico. No Brasil, o governo Lula busca consolidar apoio político no Congresso. Nos EUA, Trump enfrenta vários processos, mas lidera as pesquisas no Partido Republicano. A coincidência mostra como os destinos dos dois ex-presidentes seguem interligados, seja pela forma de liderar, seja pelas acusações que enfrentam. Para Trump, a mensagem foi clara: a condenação de Bolsonaro seria injusta e se parece com as tentativas de afastá-lo da disputa eleitoral nos Estados Unidos.