Michelle Bolsonaro surpreende com áudio em ato do 7 de Setembro

As manifestações promovidas por grupos de direita neste 7 de Setembro, em Brasília, foram marcadas por um fato inesperado: a participação indireta de Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Um áudio reproduzido durante os protestos trouxe críticas duras ao Judiciário e declarações de apoio ao marido, apontado por ela como vítima de perseguição política.

Críticas diretas ao STF e defesa de Bolsonaro

Na gravação, Michelle afirmou que Bolsonaro estaria “humilhado e preso por enfrentar o sistema em nome do povo”. A fala, recebida com aplausos e gritos de incentivo, reforçou a percepção de que, mesmo ausente fisicamente, o ex-presidente segue sendo figura central na mobilização da direita.

Denúncia de abusos contra a família

A ex-primeira-dama também aproveitou o espaço para denunciar o que classificou como abusos cometidos pelo Judiciário contra sua família. Ela citou episódios como prisão domiciliar, uso de tornozeleira eletrônica, invasão de residência e exposição da vida privada, afirmando que tais medidas estão sendo denunciadas em organismos internacionais como prova de uma “ditadura disfarçada”.

Comparação com julgamentos históricos

Em um dos trechos mais polêmicos, Michelle comparou os processos enfrentados por Bolsonaro aos julgamentos de Moscou da década de 1930, lembrados pela arbitrariedade política. Ela descreveu os procedimentos judiciais como uma “peça teatral com roteiro de perseguição e ilegalidades”, reforçando a narrativa de que o STF estaria agindo de forma autoritária.

Repercussão imediata nas redes sociais

A mensagem rapidamente viralizou e ganhou destaque entre apoiadores, que espalharam trechos do áudio acompanhados de hashtags como #DitaduraDoSTF e #BolsonaroPresoPolítico. Críticos, por outro lado, viram a fala como mais uma tentativa de vitimização, ampliando o debate sobre o impacto político da estratégia bolsonarista.

Estratégia pode fortalecer liderança de Michelle

Especialistas em ciência política avaliam que a postura de Michelle tem dupla função: consolidar Bolsonaro como mártir diante de sua base e projetar a própria ex-primeira-dama como liderança emergente dentro da direita brasileira. O episódio reforça o peso simbólico de seu discurso e o papel que pode desempenhar nos próximos desdobramentos políticos do país.