Eduardo Bolsonaro envia “último recado” e cita risco de sanções ao Brasil
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a movimentar o cenário político ao divulgar um vídeo em suas redes sociais com o que chamou de “último recado” às autoridades brasileiras. A manifestação ocorre em meio ao avanço do processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e às vésperas de seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Eduardo mencionou a possibilidade de os Estados Unidos aplicarem sanções ao Brasil, caso a situação se agrave.
Carta de Trump reforça solidariedade ao ex-presidente
No vídeo, Eduardo exibiu uma carta de Donald Trump, ex-presidente norte-americano e atual pré-candidato republicano à Casa Branca, endereçada a Jair Bolsonaro. Segundo o parlamentar, o documento foi entregue por interlocutores de Trump e traz mensagens de apoio e preocupação diante da prisão domiciliar imposta ao ex-mandatário pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Para Eduardo, a manifestação de Trump demonstra a relevância internacional do tema.
Tentativa de pressão sobre autoridades brasileiras
Ao citar negociações internacionais conduzidas por Trump durante sua gestão, Eduardo questionou se as autoridades brasileiras acreditam ser possível “enrolar” um líder com esse alcance global. A fala foi interpretada por analistas como uma tentativa de pressionar o governo brasileiro e reforçar a ideia de que Bolsonaro conta com respaldo externo. O deputado ainda criticou o Itamaraty, afirmando que a diplomacia nacional teria sido ignorada em tentativas de contato com os Estados Unidos.
Advertência com tom de ameaça velada
O tom do vídeo chamou atenção pela forma incisiva. Eduardo afirmou que suas palavras deveriam ser vistas como um conselho às autoridades e alertou que, caso nada fosse feito, Trump poderia acionar “armas” políticas e econômicas contra o Brasil. “Vocês que estão com o poder da caneta no Brasil, ajam antes que seja tarde demais”, disse, em mensagem que soou como advertência velada a integrantes do governo e do Judiciário.
Repercussão imediata entre aliados e críticos
A publicação dividiu opiniões. Para aliados de Jair Bolsonaro, a fala reforça a narrativa de perseguição política e fortalece a base bolsonarista em meio à expectativa pelo julgamento no STF. Já opositores acusam Eduardo de tentar intimidar instituições brasileiras, usando a política externa norte-americana como instrumento de pressão. Especialistas lembram que, até o momento, não há qualquer sinalização oficial de Washington sobre sanções contra o Brasil.
Julgamento do STF aumenta clima de incerteza
O episódio acontece em um momento de forte tensão política. O julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo promete mobilizar apoiadores e opositores em todo o país. A fala de Eduardo amplia a atmosfera de instabilidade, trazendo a política externa dos Estados Unidos para o centro da narrativa. Se haverá, de fato, algum movimento concreto de Washington ainda é incerto. Até lá, a declaração cumpre o papel de inflamar ânimos e intensificar a pressão sobre autoridades brasileiras.
