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Triste e abatido: Bolsonaro cai no choro e choca ao dizer q… Ler mais

Prisão domiciliar e o peso do isolamento

Desde o dia 4 de agosto, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre prisão domiciliar, em meio a processos no Supremo Tribunal Federal (STF). A reclusão tem gerado fortes abalos emocionais no ex-chefe do Executivo, segundo relatos de aliados próximos. Nesta semana, o vice-prefeito de São Paulo, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), visitou Bolsonaro em sua residência, em um encontro de quatro horas marcado por desabafos, memórias e momentos de fragilidade. Em determinado momento, Bolsonaro teria se emocionado e dito: “Minha vida já acabou”.

Visita de solidariedade e lembranças do passado

Mello Araújo afirmou que sua presença teve como objetivo animar o ex-presidente, que se encontra distante do cenário político. Durante a conversa, Bolsonaro teria relembrado sua trajetória, desde os anos no Exército até a chegada ao Palácio do Planalto. O vice-prefeito relatou que buscou motivá-lo ao citar episódios superados, como a facada em 2018 e o acidente de paraquedas durante sua juventude. “Ele é ousado, não para. Disse que ainda há muito pela frente”, contou Araújo.

Emoção e fragilidade diante da incerteza

Apesar das tentativas de incentivo, Bolsonaro demonstrou abatimento ao refletir sobre sua idade e os riscos de condenação. Aos 70 anos, teria expressado o sentimento de fim de ciclo. O coronel, em resposta, reforçou a necessidade de resiliência e chegou a comparar sua trajetória a um “filme de Hollywood” que ainda pode ter um desfecho positivo. O episódio revela uma faceta rara de Bolsonaro: a vulnerabilidade de alguém que, em público, sempre buscou demonstrar força e resistência.

Saúde debilitada e resistência a mudanças

Outro ponto abordado na visita foi a saúde do ex-presidente. Araújo recomendou atividades físicas para melhorar a disposição de Bolsonaro, mas encontrou resistência. “Ele precisa recuperar a saúde para pensar com clareza e tomar as decisões certas”, afirmou. O relato reforça a percepção de que Bolsonaro vive um período de desgaste físico e emocional, mesmo cercado por aliados que insistem em sua recuperação.

Críticas ao “espólio eleitoral” de Bolsonaro

Além da preocupação pessoal, Araújo criticou setores da política que, segundo ele, tentam se aproveitar do enfraquecimento de Bolsonaro para capitalizar sua base eleitoral. “Estão enterrando ele vivo, colocando quarenta anos nas costas dele”, afirmou, em tom de indignação. O coronel também questionou a prisão do ex-presidente, comparando sua situação à de criminosos que seguem em liberdade.

Bolsonaro no tabuleiro político

Apesar do isolamento, Bolsonaro permanece como peça central no debate político nacional. Para aliados, é símbolo de resistência; para adversários, uma ameaça que precisa ser neutralizada. O desfecho de sua situação judicial definirá não apenas o futuro do ex-presidente, mas também os rumos da disputa eleitoral de 2026. Resta saber se Bolsonaro conseguirá, mais uma vez, transformar a adversidade em combustível político ou se este será, de fato, o capítulo mais difícil de sua trajetória.