Após ϻɒrte de Preta Gil , Gilberto Gil passa mal e acaba sofrendo um d…Ver mais

A morte de Preta Gil, confirmada neste domingo (20), abalou o Brasil de forma profunda e imediata. Aos 49 anos, a cantora, atriz e personalidade combativa faleceu em decorrência de complicações causadas por um câncer colorretal, doença contra a qual vinha lutando com bravura desde 2022. A notícia gerou comoção nacional e mobilizou homenagens de fãs, artistas, políticos e anônimos, que enxergavam em Preta uma figura pública que ia muito além do palco.
A confirmação da morte veio após dias de apreensão. Internada nos Estados Unidos, onde realizava tratamento intensivo, Preta apresentou uma piora súbita na última quarta-feira (16), durante uma nova sessão de quimioterapia. Desde então, o estado de saúde passou a ser acompanhado com extrema preocupação por familiares, amigos próximos e uma legião de fãs atentos a cada atualização. No domingo, a pior notícia se confirmou.
A primeira divulgação oficial partiu da jornalista Fábia Oliveira, e rapidamente tomou conta das redes sociais e dos principais veículos de imprensa. A repercussão foi imediata: o Brasil se uniu em luto por uma mulher que, ao longo da vida, jamais se curvou diante dos desafios – nem mesmo frente ao câncer, que enfrentou com uma sinceridade rara e impactante.
Gilberto Gil abala-se com a perda da filha
A dor pela partida de Preta reverberou com força no coração de seu pai, o cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil. Segundo relatos de pessoas próximas à família, Gil recebeu a notícia em meio a uma forte carga emocional. Visivelmente fragilizado desde o agravamento do quadro de saúde da filha, ele teria passado mal ao saber do falecimento e precisou ser atendido por uma equipe médica.
A ligação entre pai e filha sempre foi intensa – artística, afetiva e pública. Preta não apenas herdou o talento musical de Gilberto Gil, mas também sua postura firme diante da vida, seu senso de justiça e sua disposição para transformar a dor em expressão criativa.
Um exemplo de coragem e autenticidade
Preta Gil não era apenas filha de um ícone. Ela foi, por mérito próprio, uma das vozes mais relevantes da música brasileira contemporânea e uma das figuras mais sinceras do cenário artístico nacional. Ao longo da carreira, soube usar sua visibilidade para pautar temas muitas vezes ignorados pela grande mídia – entre eles, o preconceito, o machismo, a gordofobia e, nos últimos anos, o enfrentamento do câncer.
Durante o tratamento, Preta adotou uma postura radicalmente transparente. Compartilhou com o público cada etapa do processo: os exames, os momentos de dor, a queda de cabelo, a esperança nas sessões de quimioterapia e os dias de fragilidade. Sua luta foi mais do que pessoal – foi política, emocional e profundamente humana. Ela transformou o sofrimento em resistência e deu voz a milhares de pessoas que enfrentam a mesma doença em silêncio.
Essa coragem tocou o país. Suas redes sociais viraram espaço de apoio mútuo, acolhimento e inspiração. Preta mostrou que vulnerabilidade não é fraqueza, e que estar doente não impede ninguém de continuar lutando – com dignidade e verdade.
Um legado além da música
Mais do que canções e apresentações memoráveis, Preta Gil deixa um legado de autenticidade, empatia e transformação. Com mais de duas décadas de carreira, lançou álbuns marcantes, misturando samba, pop e MPB, sempre com forte influência da música afro-brasileira. Também atuou como atriz, empresária e apresentadora, sempre com forte presença e espontaneidade.
Foi também uma voz ativa na defesa dos direitos das mulheres, da população LGBTQIA+ e das minorias sociais. Nunca teve medo de se posicionar politicamente, mesmo quando isso lhe custava críticas ou perda de contratos. Sua autenticidade era sua marca registrada.
Luto nacional
A comoção gerada pela morte de Preta Gil é proporcional à sua importância cultural. Nas redes sociais, milhares de mensagens lamentaram sua partida precoce. Celebridades como Ivete Sangalo, Anitta, Caetano Veloso, Pabllo Vittar e Juliette prestaram homenagens comoventes. Governadores, prefeitos e parlamentares também expressaram solidariedade à família e reconheceram a relevância de Preta na cena nacional.
A data e o local do velório ainda não foram oficialmente divulgados pela família, que pede respeito à privacidade neste momento de dor. No entanto, é esperado que a despedida mobilize uma multidão – tal qual Preta mobilizou ao longo da vida, com sua voz firme e seu coração generoso.
Preta Gil partiu, mas deixou uma herança emocional e cultural imensa. Sua voz continua ecoando nos palcos, nos discursos corajosos e na luta diária de quem encontra força em sua história. Em tempos tão difíceis, sua vida segue como um símbolo de luz, verdade e resistência.
