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Brasileira é encontrada no vulcão com estado ‘visualmente imóvel’ e em pro…Ver Mais

Brasileira Juliana Marins é Localizada em Vulcão na Indonésia, Mas Resgate Acontece em Corrida Contra o Tempo

Na manhã desta segunda-feira (23), autoridades indonésias confirmaram o que familiares e amigos mais aguardavam: Juliana Marins foi localizada. A publicitária brasileira, desaparecida desde o fim de semana durante uma trilha no Monte Rinjani — um dos vulcões mais altos e desafiadores da Indonésia — foi encontrada em uma área extremamente remota, de difícil acesso e alto risco.

Apesar da notícia trazer alívio, o drama está longe do fim.

Drone localiza Juliana em penhasco de 500 metros

Segundo o Parque Nacional Gunung Rinjani, responsável pela gestão da área, Juliana foi localizada por meio de imagens aéreas captadas por um drone. A operação aconteceu durante uma breve abertura na neblina densa que cobre a região montanhosa.

As imagens mostram Juliana aparentemente imóvel, em uma encosta íngreme, a cerca de 500 metros de profundidade, exposta e sem qualquer abrigo. Não há, até o momento, confirmação sobre seu estado de saúde.

“Ela está em um local de altíssimo risco, onde não é possível chegar por trilha — somente com escalada vertical”, informaram autoridades locais. A ausência de movimentos nas últimas horas aumentou a preocupação das equipes.

Resgate desafiador e condições extremas

Com a localização confirmada, uma força-tarefa foi imediatamente mobilizada. No entanto, o terreno apresentou obstáculos significativos: saliências rochosas a 350 metros impossibilitaram a instalação de ancoragens seguras, obrigando os socorristas a realizarem uma escalada manual — extremamente perigosa, lenta e exaustiva.

A instabilidade do solo vulcânico, somada à neblina e aos ventos fortes, elevou o risco de deslizamentos. Por segurança, as equipes precisaram recuar e aguardar uma nova janela climática para retomar a operação.

Governador convoca força-tarefa e cogita resgate aéreo

Diante da complexidade do cenário e da urgência do caso, o governador da província de Sonda Ocidental convocou uma reunião emergencial com as equipes de busca. A principal proposta: utilizar um helicóptero para tentar um resgate aéreo.

A ideia está em avaliação, mas enfrenta limitações técnicas devido à imprevisibilidade climática no Monte Rinjani. “O tempo é nosso maior inimigo”, afirmou o governador. A expressão faz referência ao chamado tempo dourado — as primeiras 72 horas após um desaparecimento, período crítico para a sobrevivência.

Juliana está desaparecida há mais de 48 horas.

Brasil acompanha com tensão e esperança

Juliana Marins, que fazia uma viagem solo pelo sudeste asiático, viralizou nas redes sociais nas últimas horas. Milhares de brasileiros acompanham ansiosamente cada atualização sobre o caso.

O chefe da agência nacional de busca e salvamento da Indonésia (Basarnas) informou que uma nova tentativa de aproximação poderá ocorrer ainda hoje, caso as condições climáticas permitam.

Enquanto isso, familiares no Brasil vivem momentos de apreensão, esperando que Juliana seja resgatada com vida.

Uma trilha que virou teste de sobrevivência

O que começou como uma simples trilha turística tornou-se um teste extremo de resistência física e emocional. Juliana está sozinha, isolada, sem comunicação e exposta às severas condições do Rinjani, que já desafiou até montanhistas experientes.

O Brasil assiste com o coração apertado, torcendo por um desfecho positivo. A esperança agora se apoia em cada minuto de melhora do clima e na coragem das equipes que enfrentam a montanha para salvar uma vida.