Brasil ora por Bolsonaro, após vomitar 10 vezes ao dia ele não, ele n… Ver mais

Soluços, Desmaios e Silêncio: O Alerta Que a Saúde de Jair Bolsonaro Volta a Emitir
O que deveria ser apenas mais uma agenda política no centro-oeste brasileiro transformou-se em um retrato inquietante do atual estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em dois dias consecutivos, cenas de fragilidade física protagonizadas por ele causaram apreensão entre aliados, alimentaram rumores nas redes sociais e reacenderam uma pergunta inevitável: em que condições Bolsonaro realmente está?
Primeiros sinais públicos: soluços, vômitos e interrupção abrupta
Na última quinta-feira (19), durante cerimônia na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia (GO), onde receberia o título de cidadão honorário, o ex-presidente interrompeu seu discurso ao ser tomado por soluços contínuos. Visivelmente debilitado, Bolsonaro pediu desculpas ao público:
“Desculpa, estou muito mal. Vomito dez vezes por dia.”
O auditório, lotado de apoiadores, silenciou diante da cena. A tensão se transformou em preocupação generalizada quando ele deixou o púlpito às pressas, com dificuldades visíveis para se manter em pé.
Repetição e agravamento: silêncio e saída repentina no dia seguinte
Na manhã seguinte, sexta-feira (20), a situação se repetiu em um tom ainda mais grave. Durante visita ao Frigorífico Goiás, também em Goiânia, Bolsonaro permaneceu no local por apenas 20 minutos. Não discursou. Não sorriu. Segundo testemunhas, estava pálido, com expressão abatida e comportamento recluso. Deixou o evento sem aviso prévio, frustrando até aliados mais próximos.
A agenda original previa um almoço político em Anápolis, que foi cancelado de última hora. O ex-presidente retornou a Brasília em silêncio, acompanhado apenas por sua comitiva — que evitou qualquer detalhamento sobre seu estado de saúde.
Cicatrizes do passado que ainda pesam
Desde que sofreu o atentado a faca em setembro de 2018, Bolsonaro passou por pelo menos sete cirurgias — a mais recente delas em abril deste ano, para tratar uma obstrução intestinal e reconstruir parte da parede abdominal. A recuperação, segundo especialistas, tende a ser lenta e exige cuidados rigorosos.
Ainda assim, o ex-presidente mantinha uma rotina política ativa. Os episódios em Goiás, no entanto, evidenciaram os limites desse esforço.
Segundo o deputado Gustavo Gayer (PL-GO), que acompanhava a agenda, a recomendação médica era clara: evitar discursos e esforço físico. “A orientação era para ele não falar, preservar ao máximo”, explicou após os episódios.
Atividades intensas, apesar dos alertas
Mesmo com restrições médicas, Bolsonaro participou de diversos compromissos na quinta-feira. Reuniu-se com o governador Ronaldo Caiado, esteve na feira Agrovem — importante evento do agronegócio goiano — e fez visitas políticas e religiosas ao longo do dia.
O acúmulo de compromissos, somado ao recente histórico cirúrgico, pode ter contribuído para os episódios de mal-estar.
Entre a resistência e o desgaste: o dilema político
A cena de Bolsonaro visivelmente debilitado gerou reações distintas nos bastidores. Para alguns aliados, o momento exige uma pausa imediata, ainda que temporária, nas atividades públicas. Outros, no entanto, temem que o afastamento alimente especulações sobre fragilidade — algo delicado em um cenário político onde Bolsonaro busca manter capital político e influência até as eleições de 2026.
Sem pronunciamentos oficiais até o momento, o silêncio em torno da saúde do ex-presidente apenas amplia as incertezas. Na chegada a Brasília, limitou-se a acenar brevemente a apoiadores, evitando qualquer declaração.
O corpo cobra — e o enigma Bolsonaro persiste
O estado de saúde de Jair Bolsonaro volta a ser pauta nacional — não apenas por suas implicações médicas, mas pelos possíveis desdobramentos políticos. As imagens dos dois dias em Goiás viralizaram nas redes, acompanhadas de especulações e teorias.
Por enquanto, o que se sabe é pouco. Mas uma coisa parece certa: os efeitos das agressões ao seu corpo e do ritmo intenso de compromissos começam a cobrar um preço alto. E talvez, pela primeira vez, os próximos passos do ex-presidente dependam menos da política — e mais da sua resistência física.