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Cardeais se reúnem em conclave para a escolha no novo papa; sete brasileiros participam da eleição

Processo eleitoral começa na próxima quarta-feira (7), na Capela Sistina.

Conclave 2025: cardeais já estão em isolamento para escolher o novo papa; brasileiros ganham destaque

O Vaticano confirmou que os 133 cardeais com direito a voto já estão em Roma e iniciaram nesta semana o período de isolamento total, etapa preparatória para o conclave que definirá o novo líder da Igreja Católica. A votação está marcada para começar na próxima quarta-feira, 7 de maio, na Capela Sistina, e seguirá os rituais centenários estabelecidos pela Santa Sé.

Durante o conclave, os cardeais eleitores ficarão em clausura completa, sem acesso a meios de comunicação externos, hospedados na Casa de Santa Marta, dentro do Vaticano. A eleição será conduzida conforme as diretrizes da Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, promulgada por João Paulo II, que regula o processo de sucessão papal.


Fumaça branca ou preta: o sinal da escolha

A Capela Sistina já foi adaptada para a ocasião, incluindo a instalação da tradicional chaminé, de onde sairá a fumaça que informará o mundo sobre o resultado das votações: fumaça preta indica que nenhum papa foi escolhido; fumaça branca anunciará a eleição do novo pontífice.

Para ser eleito, o candidato precisa obter dois terços dos votos — ou seja, no mínimo 89 votos entre os 133 cardeais eleitores. A pluralidade geográfica do colégio cardinalício se mantém como um dos grandes destaques: há representantes de 71 países, evidenciando o caráter verdadeiramente universal da Igreja.


Presença brasileira é significativa no Conclave

O Brasil — país com o maior número de católicos no mundo — terá sete cardeais eleitores no Conclave de 2025. Entre eles, alguns nomes ganham projeção internacional:

  • Dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, é considerado um dos possíveis papáveis. Seu nome foi destacado por veículos internacionais como a agência Reuters, especialmente por sua atuação firme em defesa da Amazônia e das populações indígenas.

  • Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, também aparece como figura relevante. Com uma carreira marcada pela diplomacia eclesiástica e envolvimento direto com o CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano), ele participou ativamente dos mais recentes sínodos convocados pelo papa Francisco.

  • Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é outro nome de destaque. Respeitado por sua liderança moderada e articulação dentro da Igreja, ele possui influência crescente na esfera internacional.


A expectativa é grande em todo o mundo católico. O novo papa, além de conduzir espiritualmente mais de 1,3 bilhão de fiéis, herdará os desafios contemporâneos da Igreja: mudanças sociais, avanço da secularização, crises humanitárias e a crescente demanda por maior atenção às questões ambientais e sociais.

O mundo aguarda a fumaça branca.