
Ex-delegado afirma saber onde está corpo de Eliza Samudio, e delegado do caso reage com nova investigação
O caso da modelo Eliza Samudio, assassinada em 2010, voltou ao centro das atenções após declarações feitas pelo ex-delegado e apresentador Jorge Lordello. Em entrevistas recentes, Lordello afirmou que sabe a localização do corpo da jovem, que até hoje nunca foi encontrado — um dos elementos mais sombrios e dolorosos de um dos crimes de maior repercussão no Brasil.
Diante da gravidade das declarações, o delegado Edson Moreira, responsável pelas investigações na época, decidiu agir. Moreira anunciou que viajará nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, para São Paulo, onde terá um encontro com Lordello para discutir as informações reveladas publicamente.
Segundo Lordello, o corpo de Eliza estaria enterrado em uma área de mata densa no município de Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Ele afirma que Marcos Aparecido dos Santos, o ex-policial conhecido como “Bola” — condenado por participação no crime — teria preparado o local com antecedência e enterrado o corpo sozinho, após a saída de outras testemunhas do local.
“A polícia demorou para chegar até ele e, como profissional e ex-policial, ele jamais revelaria onde o corpo está. O doutor Edson Moreira já esteve na mata, mas a área é muito extensa, o que dificultou as buscas. Para mim, Eliza está enterrada em Vespasiano”, declarou Lordello.
Além de reforçar sua convicção, Lordello mencionou o sofrimento contínuo da família da vítima. “A mãe de Eliza, dona Sônia, ainda vive o luto sem ter conseguido realizar um enterro digno para a filha. Essa é uma dor que não passa, uma ferida que só poderia começar a cicatrizar com a localização dos restos mortais.”
A nova linha de investigação reacende a esperança de respostas em um caso que, mesmo com condenações na Justiça, nunca foi encerrado emocionalmente para os familiares de Eliza — e tampouco para a sociedade brasileira.
Com a possível retomada das buscas, o caso pode ganhar novos desdobramentos e, talvez, uma chance de encerrar uma das páginas mais trágicas da crônica policial do país.