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Mulher que aparece em vídeo sendo curada pelo Pastor Miguel vem a público e conta toda a verdade; “Ele não cur… Ver mais

Em um vídeo que circulou nas redes sociais e chamou atenção de milhares de internautas, o pastor Miguel Oliveira aparece durante uma de suas pregações afirmando ter curado uma mulher diagnosticada com leucemia. No registro, o pastor se exalta diante da congregação, gritando: “Eu rasgo o câncer, eu filtro o seu sangue e eu curo a leucemia”, enquanto rasga folhas de papel em um gesto simbólico.

A mulher, visivelmente emocionada, aparece chorando intensamente diante do gesto do pastor, o que levou muitos fiéis a acreditarem que ali teria ocorrido um milagre.

Porém, após a ampla repercussão do vídeo e o aumento da visibilidade do pastor, a mulher que aparece nas imagens decidiu se manifestar publicamente para esclarecer o que realmente aconteceu. Em entrevista a um canal independente de notícias religiosas, ela afirmou: “Quem cura é Deus.

Esse pastor não cura é nada. Eu sou grata a Deus por estar viva, mas não posso concordar com alguém querendo se colocar no lugar d’Ele.”

Segundo o relato da mulher, que pediu para não ter o nome divulgado, ela enfrentou meses de tratamento intensivo contra a leucemia, com apoio de médicos, enfermeiros e da sua família.

Durante o período de enfermidade, buscou também força espiritual e frequentou diversas igrejas em busca de consolo e fé. Foi assim que conheceu o pastor Miguel Oliveira e participou de uma de suas reuniões. “Eu fui lá em busca de oração, não porque achava que ele fosse me curar. Quando ele fez aquela encenação, eu fiquei emocionada, mas não foi aquilo que me curou.

  • Foi Deus, através da medicina, da fé e da minha luta diária”, declarou.

A revelação gerou debates nas redes sociais sobre os limites entre fé, charlatanismo e responsabilidade religiosa. Especialistas em teologia e ética cristã lembram que, embora a fé tenha um papel essencial na vida de muitos fiéis, é perigoso quando líderes religiosos se colocam como agentes diretos da cura, desconsiderando o papel de Deus e da medicina.

O caso também reacendeu discussões sobre a necessidade de fiscalização mais rigorosa de práticas religiosas que possam induzir fiéis ao erro ou manipulação emocional. Enquanto isso, a mulher reforça sua posição: “Minha fé continua firme.

Agradeço as orações, mas não posso permitir que se use a minha história para engrandecer alguém que não tem esse poder.”