Desaparecimento de bebê em Alagoas tem desfecho trágico: mãe é presa por ocultação de cadáver
O desaparecimento da pequena Ana Beatriz, de apenas 15 dias de vida, comoveu a cidade de Novo Lino, em Alagoas, e mobilizou as autoridades locais nos últimos dias. Infelizmente, o caso teve um desfecho trágico nesta terça-feira (…), quando o corpo da recém-nascida foi encontrado dentro de um armário, enrolado em um saco plástico e ao lado de produtos de limpeza, na própria residência da família.
A mãe da criança, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, acabou confessando o paradeiro da filha ao advogado e ao pai do bebê, que retornava de São Paulo, onde trabalhava. A revelação levou ambos a acionar a Polícia Civil, encerrando quatro dias de buscas intensas e de grande comoção pública.
Contradições e versões falsas
No início das investigações, Eduarda relatou que a filha havia sido sequestrada por criminosos às margens da BR-101. A suposta história mobilizou uma operação policial que chegou até o estado vizinho de Pernambuco, resultando na prisão de um suspeito — posteriormente liberado após inconsistências no depoimento da mãe.
Durante os interrogatórios, Eduarda apresentou pelo menos cinco versões diferentes sobre o que teria ocorrido, incluindo alegações de sequestro, estupro e até morte acidental por engasgo durante a amamentação. No entanto, todas foram descartadas pela polícia diante da ausência de provas e da contradição entre os relatos.
Confissão e motivação
Em um novo depoimento, a jovem confessou ter asfixiado a filha com um travesseiro. Alegou estar emocionalmente esgotada, especialmente devido ao choro constante da bebê e ao barulho vindo de um bar próximo à residência. Segundo ela, o ato foi cometido em um momento de desespero.
O delegado Igor Diego, responsável pela investigação, afirmou que o caso pode se tratar de infanticídio, especialmente considerando o estado emocional da mãe, que apresentava sinais de instabilidade possivelmente ligados ao puerpério — período de intensas transformações físicas e psicológicas após o parto.
Prisão e continuidade das investigações
Eduarda foi presa em flagrante por ocultação de cadáver e permanece à disposição da Justiça. A Polícia Civil aguarda o laudo da necropsia para confirmar a causa exata da morte da criança e investiga se houve a participação de outras pessoas no crime.
O pai da bebê, que não é investigado, retornou imediatamente a Alagoas após ser informado sobre a tragédia. Ele colaborou com as autoridades e tem prestado depoimentos durante as apurações.
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