Bomba! Lula chama Bolsonaro pra briga e diz que não vai… Ver mais
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Lula Minimiza Tentativas de Flexibilizar a Ficha Limpa e Alfineta Bolsonaro
São Paulo, 5 de fevereiro – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a disparar críticas contra Jair Bolsonaro e seus aliados nesta quarta-feira (5), rechaçando as movimentações políticas que visam flexibilizar a Lei da Ficha Limpa e permitir que o ex-mandatário concorra nas eleições de 2026.
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Durante entrevista a rádios de Minas Gerais, Lula ironizou a possibilidade de Bolsonaro retornar às urnas e demonstrou confiança em uma eventual disputa direta. “Se a Justiça entender que ele pode concorrer às eleições, ele pode concorrer. E se for comigo, vai perder outra vez, porque não há possibilidade de a mentira ganhar uma eleição neste país”, afirmou o petista.
A declaração de Lula ocorre em meio a articulações de parlamentares bolsonaristas que buscam modificar a legislação eleitoral para reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, que foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições de 2022.
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Além de minimizar a movimentação de aliados do ex-presidente, Lula sugeriu que os pedidos de anistia por parte de Bolsonaro e seus apoiadores são um reconhecimento implícito de culpa. “Quando as pessoas nem foram condenadas e estão pedindo anistia, é porque elas estão se condenando.
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Acho hilariante, significa que eles não acreditam neles mesmos”, ironizou.
A fala do presidente faz referência ao crescente apelo de políticos ligados ao bolsonarismo por uma anistia geral para figuras envolvidas em atos antidemocráticos, incluindo o próprio ex-presidente. Desde sua saída do cargo, Bolsonaro tem enfrentado uma série de investigações que vão desde sua possível participação em tentativas de golpe de Estado até o uso de joias e presentes oficiais sem o devido registro.
Lula também subiu o tom ao relembrar as tentativas de golpe e os ataques à democracia promovidos por apoiadores do ex-presidente. Para ele, aqueles que articularam a desestabilização do país não devem ser absolvidos. “Quem tentou dar um golpe e articulou a morte do presidente não merece absolvição”, disparou.
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O petista fez uma comparação com a ditadura militar (1964-1985), lembrando que punições severas foram aplicadas por muito menos. “Por menos do que o que eles fizeram, muita gente foi morta ou presa [na ditadura]”, acrescentou Lula, referindo-se aos episódios de repressão política do regime autoritário.
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As declarações de Lula refletem a tensão política que já começa a moldar o cenário para as eleições presidenciais de 2026. A possível candidatura de Bolsonaro depende de reviravoltas jurídicas, mas, caso a Lei da Ficha Limpa seja alterada, um embate direto entre os dois líderes políticos pode voltar a acontecer.
Enquanto isso, Bolsonaro segue enfrentando investigações que podem comprometer ainda mais sua elegibilidade. O ex-presidente, que teve seu passaporte apreendido recentemente no âmbito das apurações sobre uma suposta tentativa de golpe, nega as acusações e se diz vítima de perseguição política.
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No Congresso, o debate sobre a flexibilização da Ficha Limpa segue polarizado. Para aliados de Bolsonaro, a atual legislação é “rígida demais” e impede que lideranças políticas com amplo apoio popular possam disputar eleições. Já para opositores, qualquer tentativa de alteração é vista como um “casuísmo” para beneficiar o ex-presidente.
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Diante desse cenário, Lula parece confortável em reforçar sua narrativa de que Bolsonaro e seus aliados representam uma ameaça à democracia e que, caso haja um novo embate eleitoral, ele estará pronto para a disputa.
Se a Lei da Ficha Limpa será flexibilizada ou não, ainda é uma incógnita.
O certo é que as movimentações políticas e judiciais em torno de Bolsonaro continuarão sendo um dos principais temas do debate público nos próximos anos.