[TRISTEZA] Bebê é levado com lesões e morre em UPA; mãe e padrasto presos…VER MAIS
A morte trágica de Arthur Victor dos Santos, um bebê de apenas 11 meses, está sendo investigada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Maré, na última terça-feira (28), em parada cardiorrespiratória e com sinais de traumatismo craniano. Infelizmente, apesar dos esforços da equipe médica, o bebê não resistiu.
O caso chocou a comunidade, principalmente após a prisão em flagrante da mãe e do padrasto do menino. A princípio, o padrasto, de 20 anos, afirmou que Arthur havia caído da cama e batido a cabeça. No entanto, essa versão foi questionada após o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontar evidências de espancamento.
Contradições e Descobertas
Assim que o corpo de Arthur foi encaminhado ao IML para exame pericial, um dos peritos notou marcas de violência incomuns, o que levou a 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso) a tratar o caso como suspeito. O laudo revelou que a causa da morte foi um traumatismo craniano severo, provocado por ação contundente, que resultou em hemorragia e edema cerebral.
Na delegacia, o padrasto apresentou outra versão: afirmou que teria caído sobre o bebê enquanto descia uma escada, quebrando seu celular durante o incidente. Porém, os investigadores observaram que ele não apresentava nenhuma lesão compatível com a queda relatada. Além disso, a delegada Fernanda Caterine Eiras Dias Pina informou que o bebê apresentava sinais de agressões anteriores, indicando que sofria maus-tratos regularmente.
A mãe de Arthur também foi presa e deverá responder por homicídio qualificado por omissão. Segundo ela, o companheiro era violento e frequentemente praticava agressões tanto contra ela quanto contra as crianças. A mãe tem outra filha, de 2 anos, e está grávida de mais um bebê.
A Versão da Mãe
Antes de sua prisão, a mãe de Arthur usou as redes sociais para desabafar. Em um post, ela pediu respeito e negou qualquer envolvimento na morte do filho. Segundo ela, não estava em casa no momento do ocorrido.
“Peço que respeitem a dor de uma mãe que acabou de perder um filho. Não inventem histórias. Só a perícia pode dizer o que realmente aconteceu. Quem me conhece sabe que eu jamais faria mal a qualquer pessoa, muito menos ao meu filho”, escreveu.
Ela também afirmou que aguarda ansiosamente a conclusão das investigações para que a verdade seja esclarecida. “Ainda não consigo acreditar que alguém possa ter feito algo tão cruel com uma criança. Quero justiça para o meu filho e para toda a dor que estamos vivendo.”
O Impacto da Tragédia
A morte de Arthur reacendeu discussões sobre a violência doméstica e a vulnerabilidade das crianças em lares abusivos. Casos como este destacam a necessidade de maior atenção por parte da sociedade e das autoridades para identificar sinais de maus-tratos antes que ocorram tragédias.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de casos de violência contra crianças no Brasil tem aumentado. Especialistas reforçam a importância de que vizinhos, familiares e profissionais de saúde ou educação denunciem quaisquer suspeitas de abuso. O anonimato é garantido e pode salvar vidas.
Investigação em Curso
Enquanto isso, a investigação segue para reunir mais provas que sustentem as acusações contra os dois suspeitos. O padrasto e a mãe estão presos, e suas penas podem ultrapassar 30 anos, dependendo do andamento do processo.
A comunidade local, profundamente abalada, tem realizado manifestações pedindo justiça para o bebê. A delegada responsável reforçou que o trabalho continuará até que todos os responsáveis sejam punidos.
“É um caso muito triste, mas estamos empenhados em garantir que os culpados respondam pelos seus atos. Essa criança merece justiça, e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que isso aconteça”, concluiu Fernanda Caterine.
A dor da perda de Arthur é imensurável, mas que sirva como um alerta para a necessidade de proteger as crianças e combater a violência em todas as suas formas.