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Detentas de presídio feminino começam a engravidar após detenta TR4NS ser transferida e c… Ver mais

Em uma penitenciária feminina, duas presas engravidaram de uma detenta trans, em uma relação consensual, conforme informado pelo Departamento de Correções ao jornal local NJcom. O caso foi revelado em uma reportagem publicada na quinta-feira, 14.

Esse episódio ocorreu após a decisão do Estado de permitir que pessoas trans sejam alocadas em presídios femininos, com base na identidade de gênero autodeclarada.

A diretriz, que foi implementada em 2021, não exige que a pessoa tenha passado por cirurgia de transição de sexo para ser encaminhada a um presídio correspondente ao gênero com o qual se identifica.

As detentas grávidas estão em uma unidade que abriga mais de 800 presas, das quais 27 são trans. A medida para abrigar esse público foi implementada no ano passado, após um processo judicial movido por um preso trans, que não queria cumprir pena em um presídio masculino, onde viveu por 18 meses.

O caso gerou discussões sobre os impactos dessa política no sistema penitenciário.

O sindicato que representa os agentes penitenciários da penitenciária feminina de Nova Jersey criticou a política que permite a presença de pessoas trans em presídios femininos.

Em uma declaração, o sindicato afirmou: “Nós nos opomos a essa mudança de política, acreditando que é prejudicial para a população geral de detentas alojadas e também traz estresse adicional para nossos policiais correcionais designados para esta instituição”.

A crítica reflete preocupações com a segurança e o bem-estar das detentas, bem como com os desafios adicionais que os agentes penitenciários enfrentam ao lidar com a implementação dessa diretriz.

A política de alocar detentas trans em presídios femininos continua a gerar debates intensos sobre os direitos das pessoas trans e os impactos no sistema penitenciário.

A experiência de muitas mulheres presas é marcada não apenas pela condenação pelo crime cometido, mas também pela “pena dupla” da solidão. Diferentemente dos homens, que frequentemente recebem visitas em grande número, as mulheres nas prisões são muitas vezes abandonadas, com visitas escassas e, quando existem, em sua maioria, a presença de suas mães.

Longe dos filhos, muitas são deixadas pelos parceiros e, em muitos casos, até mesmo rejeitadas pelas famílias. Elas enfrentam o isolamento em suas entradas e saídas dos presídios, sem o apoio social que poderia amenizar a experiência de encarceramento.

Esse desamparo vai além de um simples sentimento de solidão e reflete-se nas condições de saúde e dignidade dentro das unidades prisionais, onde as mulheres enfrentam desafios específicos, como a falta de atendimento médico adequado, privação de cuidados com saúde mental e necessidades de cuidados específicos para mulheres, como gestação, parto e amamentação. O sistema penitenciário, em muitos casos, não está estruturado para atender adequadamente a essas questões, agravando ainda mais a situação das mulheres encarceradas.